segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Afinal, Dinheiro traz felicidade ou não? (parte 4 - final)


Não saber usar o dinheiro pode até trazer tristezas.


(... leia o artigo anterior)



Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.” (1 Timóteo 6: 10) Essa é a realidade de quem nunca se farta, que busca, busca e nunca celebra. Daqueles para quem nunca é o bastante. E não é uma questão de quantidade absoluta, mas sim relativa. Uma pessoa pode ter apenas uma pequena casa e não estar contente com isso, querendo algo mais, sem necessidade, desprezando o pouco que tem. Irá se automutilar com muitas dores emocionais. Assim também alguém pode ter mansões, carros, helicóptero, iate e também não considerar o bastante, não tem fim sua cobiça. Viverá infeliz. “Quem amar o dinheiro jamais dele se fartará; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isto é vaidade.” (Eclesiastes 5: 10)
Porque, se eu amo a abundância ou o dinheiro como um fim em si, isto não traz nenhuma satisfação, nenhuma sensação de plenitude, de objetivo alcançado.
Mas ainda tem algo que precisa ficar claro. Viver sem dinheiro algum também não trará nenhuma felicidade. Não ter condições de dar de comer ao próprio filho não deixa ninguém feliz ou contente. Também viver sob constante ameaça de ser despejado de casa por não ter, nunca, como pagar o aluguel, não deixa ninguém feliz! E não ter condições de poder ir ao trabalho, por falta de dinheiro para o transporte, não deixa nenhum trabalhador, que precisa sustentar sua casa, em situação de celebração.
Então, a questão da quantidade é o seguinte: Cada um de nós precisa ter, no mínimo, o dinheiro necessário para uma vida digna, junto com sua família. Enquanto não atingir esse ponto, ainda há falta de dinheiro, este nível, no mínimo, precisa ser alcançado. Existe um patamar mínimo que, se não for alcançado, também será motivo de tristeza constante. Mas isso é bem relativo.
Se um casal sem filhos mora numa casa com 1 dormitório, mais barata, para quê precisa gastar mais, procurando uma casa com 3 dormitórios, se ainda não tem filhos, nem outras necessidades que exijam mais espaço? Para quê gastar mais dinheiro, pagando por algo que não precisa e ficar preocupado todo mês em se vai ter condições de pagar? Deixa pra procurar uma casa maior, ou construir um quarto a mais quando for necessário e tiver os recursos para isso. Agora, se a família tem 3 filhos, apenas 1 dormitório não será o necessário para uma vida digna para esta família. As necessidades são maiores. Este é apenas um exemplo.
De acordo com a realidade de cada um, de cada família, a necessidade muda e a quantidade de dinheiro também. Mas muitos não percebem isso. Muitos comparam valores absolutos e, vivendo uma situação mais simples, acabam por julgar aquele que necessita de mais, pela situação em que vive.
Assim, um casal com filhos não tem a mesma necessidade de um jovem solteiro que more sozinho, ou de uma mulher que ficou viúva com 3 filhos pra criar.
Da mesma forma, um casal aposentado, com os filhos vivendo suas vidas e tendo casa própria pra morar, recebendo sua aposentadoria todo mês, não tem a mesma situação de um casal com filhos pequenos, totalmente dependente deles, que pagam aluguel.
Então, um jovem solteiro que mora com os pais e consegue seu primeiro emprego para ganhar R$ 1000,00 pode ficar superfeliz em ter “tanto” dinheiro para suas “necessidades”, uma vez que abrigo e alimentação são supridos pelos mais. Se ele não souber usar, esse salário de 1000,00 pode ser, inclusive, motivo de desgraça e perdição para este jovem. O mesmo salário, para um pai de família, que paga aluguel e tem mais 2 pessoas para sustentar em tão pouco que chega a ser desesperador!
Por outro lado, se um pai de família pode ter uma vida digna recebendo, digamos 5 ou 7 mil por mês, sem ostentação, o mesmo salário para um jovem solteiro, cujos pais precisem de ajuda para o sustento, impõe a este jovem uma obrigação moral, social, religiosa e de consciência a que lhe obrigue usar parte deste dinheiro para retribuir a quem lhe deu a vida com um pouco de dignidade e conforto. Se o não fizer, esse dinheiro lhe trará, com certeza, muitas tristezas.
Os exemplos são muitos. Ter sabedoria para usar o dinheiro não é fácil, mas para que o dinheiro seja um meio de encontrar felicidade, é preciso obtê-lo com trabalho, honestidade e integridade e usá-lo com sabedoria. Não acredito que exista outro caminho. E não vejo outro lugar de encontrar orientação de como fazer isso, que não seja a Bíblia.







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segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Afinal, Dinheiro traz felicidade ou não? (parte 3)


Sabendo usar, você pode encontrar a felicidade,
tendo o dinheiro a seu serviço


(... leia o artigo anterior)

Então, afinal de contas, o dinheiro traz ou não traz felicidade?
Não. Categoricamente, não! O dinheiro em si não traz nenhuma felicidade. Ele, por si só, não pode fazer nada. Pra ninguém. Mas, e este “mas” é gigantesco, o dinheiro é necessário e, quando (esse “quando” também é bem grande) usado com sabedoria, pode fornecer os meios para que as pessoas encontrem a verdadeira felicidade. Se o dinheiro for tratado como deve ser, um escravo a nosso serviço, e que seja usado com sabedoria, pode fazer muita coisa. Eu diria que deveríamos usar o dinheiro com a orientação de Deus para que possamos encontrar a felicidade, não no dinheiro, mas no uso correto que se faz dele. Mal usado, ele pode ser inclusive fonte de grandes desgraças. Que o diga o pai que deu, indiscriminadamente, dinheiro à vontade para seu filho adolescente, e só percebeu que o filho o gastava com drogas quando morreu de overdose. Sem sabedoria, o dinheiro é uma boa fonte de desgraças.
Mas a questão ainda é a quantidade. Não a quantidade absoluta, mas a relativa, do dinheiro que temos em nosso poder.
A Bíblia fala bastante sobre o dinheiro, em como utilizá-lo de forma sábia. Por exemplo “Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.” (1 Timóteo 6: 8) Esta pérola de sabedoria bíblica, une o dinheiro à felicidade e o segredo para assim obtermos essa felicidade. Se tivermos sustento e com que nos cobrirmos, devemos considerar isso motivo de estar contentes. Essa pequena frase inclui em si uma avalanche de sabedoria.
Primeiro, para os apressados que pensam que entendem esse versículo bíblico numa leitura rápida, quero fazer algumas considerações: 1. Quando diz “tendo, porém, sustento”, a Bíblia está considerando o tempo e local histórico de cada leitor. Se, no tempo bíblico, sustento poderia ser ter dinheiro para comprar comida, hoje em dia pode incluir a compra de um aparelho telefônico, tão necessário nos dias de hoje. Mas, usando este exemplo, eu poderia dizer desta forma: “esteja contente em poder ter um aparelho telefônico, necessário hoje em dia, mas não precisa ficar trocando de aparelho todo ano, por um modelo mais novo, apenas por vaidade ou por gosto, contente-se em ter, use o dinheiro da troca anual para outras coisas, inclusive para ajudar quem precisa, se você não tiver outras necessidades” Ou seja, devemos nos contentar com o básico e, embora o básico de hoje seja diferente do básico de 1000 ou 2 mil anos atrás, um pouco de bom senso pode nos ajudar a entender que a felicidade pode vir, se não ficarmos olhando para a vaidade.
Tendo, porém, sustento”, pode incluir sim, a necessidade de um automóvel para quem dele depende para o trabalho ou algumas necessidades da família, num mundo como o de hoje. Mas, com certeza, não inclui a necessidade de automóveis que custam mais que uma casa, muito menos a necessidade de novos ou automóveis extras, para deixar guardado ou mostrar para os amigos.
Bem, esta frase, por si só, poderia dar espaço para um livro inteiro de exemplos e discussões. Mas não vou dar continuidade a isto, acho que deu pra entender o essencial: de que devemos ficar contentes em ter o necessário para nossa vida, ainda que o necessário de uns possa ser diferente do necessário para outros.
2. Quando acrescenta “com que nos cobrirmos”, o sábio escritor bíblico está incluindo a necessidade de abrigo, proteção e acolhimento às nossas vidas. Esse “cobrir” inclui a roupa, uma cama e a casa, que cumpram com a tarefa de nos proteger do frio e calor, mas inclui também nos cobrir da presença dos nossos familiares, para não ser necessário que famílias vivam separadas, por exemplo, como mandar filhos embora por não ter como sustentá-los. Essa cobertura, da qual fala o escritor, inclui a ideia de uma cobertura emocional, espiritual, onde uma família tenha condição de viver unida, onde não haja necessidade de abrir mão de um filho, por falta de subsídio básico para a vida, onde um casal não se separe pela falta do básico para que vivam unidos. De novo, usar de sabedoria é essencial, porque ostentar vaidades não é necessário para se ter abrigo, mas talvez a oportunidade de ter momentos juntos, onde possam compartilhar de risadas, sim. E, se tiver dinheiro suficiente para isso, é motivo de alegria.
3. E a última parte desta sabedoria bíblica é o principal de tudo, quando diz “estejamos com isso contentes”. Aqui, ele está dizendo que o segredo da felicidade, do estar contente, é nossa atitude, nossa reação perante o que temos. Se tivermos um modo de vida onde queremos sempre mais, onde nunca é o bastante aquilo que temos, onde ao se conseguir algo, desprezamos para logo em seguida buscar algo maior, algo mais, então nunca estaremos contentes. Quem vive assim, jamais irá celebrar ou festejar uma pequena conquista, um pequeno passo dado. Quem vive assim, sempre irá olhar para um objetivo inalcançável, desprezando cada passo dado, sempre querendo mais, correndo para alcançar a cenoura amarrada a uma vara presa à sua cabeça. Nunca chega, nunca sente a plenitude de conquistar um objetivo, ainda que pequeno, está sempre insatisfeito, sempre buscando algo que nunca alcança.
Viver assim é triste demais.




(continua no próximo artigo ... )




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segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Vou vender meu voto!

Mas não me venha com dentadura ou R$ 100,00 em dinheiro. Conheço uma família inteira que, há algumas eleições atrás, se venderam por R$ 50,00 cada. Eu vendo meu voto, mas não me ofereça um cargo pra mim ou algum conhecido meu. Meu voto custa caro. Fruto de luta pela democracia, pelo direito de expressar a MINHA opinião. Quem quiser comprar meu voto, se prepare pra pôr a mão na consciência!

Quem quiser meu voto, mostre o “faz-me rir”. Em tempos de tanta tristeza e sofrimento, quem quiser meu voto, mostre como vai fazer o povo sorrir. Vendo meu voto em troca de limpeza na política. Vendo ao preço de corruptos na cadeia. Se quiser meu voto, me mostre o que e como vai fazer para resolver os problemas da cidade. E mostre, indubitavelmente, de onde vai conseguir os recursos, o dinheiro e as condições para fazer o que vai fazer.

O preço do meu voto é caro porque vem de longa data no passado e projeta-se para o futuro. É o preço de uma democracia conquistada e daquilo que queremos plantar para o futuro. Pergunte a qualquer um o valor de uma empresa sólida, com décadas de existência e que ainda promete muito faturamento para o futuro. Diferente de uma empresa iniciante ou de uma que já está no fim da vida, aquela que está apenas no meio da caminhada, vigorosa e pujante, tem mais valor. Pois bem, assim é meu voto. Tem um preço caro.

Vou dá-lo a quem mostrar ter integridade moral, honestidade, ficha limpa, caráter. Mas também precisa ter competência e experiência. Nem precisa ser em política. Aliás, uma renovação vai bem. Mas alguém com experiência no que faz, ou da vida mesmo. E competência, mostrando saber fazer bem o que já faz.

Não precisa ser perfeito. Pode ser humano mesmo. Como todos os outros. Mas destes que erram e têm a integridade de reconhecer e pedir desculpas, corrigindo depois a rota.

Vou dar meu voto. Mas não é porque é dado, que é barato. O preço é grande. O valor é alto. Quem quiser, me mostre o “faz-nos sorrir”, mostre como fará a cidade ser bem administrada. Não se preocupe em mostrar os erros e mazelas dos adversários. Não precisa. É baixo. Mostre o que você tem de bom a oferecer. Como vai fazer para resolver os problemas de educação, segurança, saúde, transporte público. Principalmente dos mais vulneráveis, mais necessitados.

Estou dando meu voto a preço de ouro. Eu poderia dizer que estou vendendo, porque tem um valor. Mas não vendo por cesta básica, cargos, promessas e coisas afins.

Sugiro que todos façam o mesmo. Daí sim, vamos começar a ver mudanças.


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segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Cuidar das Crianças, cuidar do futuro



Existe um dia do ano para se comemorar o dia dos Pais e outro dia para as Mães. Quem é pai ou mãe o é porque teve filho(s), e este filho passou, obrigatoriamente, pela fase de criança. Nem todos chegam à velhice. Alguns não chegam à vida adulta. Mas quase todos passam pela fase de criança. Então, existe também um dia para comemorar, lembrar das crianças. Elas geralmente ganham presentes neste dia. E isso é bom, melhor ainda se for um brinquedo, para lembrar que criança precisa brincar e estudar. E isso é muito importante, lembrar a todos que obrigação de criança se resume a brincar e estudar. E, claro, obedecer os pais, se não forem pais malucos ou sádicos!
Criança é a continuidade da vida, a garantia de que nossa existência perpetuará. Mas também é um ser vulnerável, frágil, em todos os aspectos: físico, psicológico, emocional, cognitivo, intelectual, estrutural, social etc. Então é um perigo, se não cuidarmos de nossas crianças, porque elas terão muita dificuldade de cuidarem de si mesmas e o nosso futuro estaria comprometido.
Não é à toa que muitos que desejam desestruturar ou mesmo destruir um grupo social, uma determinada sociedade, investem parte das estratégias de destruição para alcançar as crianças. Imagina se hoje não existisse mais nenhuma criança no mundo. Ninguém abaixo de 12 anos. E uma lei dissesse ser proibido ter crianças nas casas. Bem, isso significaria o fim da humanidade dentro de poucas décadas! A criança é a continuidade.
Cuidar bem das crianças é papel dos pais, em primeiro lugar, mas de toda a sociedade e do estado também. Ou quem admitiria que uma criança sendo agredida na rua, longe de seus pais, e ninguém por perto fizesse nada para impedir. Ou se numa família, os pais não têm condições de dar uma alimentação saudável para seus filhos, torna-se compromisso moral dos que estão perto e da sociedade como um todo, através do estado, garantir condições para o crescimento desta criança. Uma sociedade que não cuida mais de suas crianças não poderá ser considerada civilizada. É uma sociedade bárbara, sem lei, sem moral, sem condições de se perpetuar.
Criança precisa de alimento, de roupas, de educação, de cuidados, de carinho, de afeto, de orientação, mas também precisa de limites, de “nãos”, de correção para atitudes erradas, de um amor compromissado e corajoso, que olhe para a sua necessidade e não para seus desejos, até porque crianças não têm condições de decidir o que precisam, por isso devem ter adultos que decidam por elas, em muitas coisas.
Criança precisa ter um bom alicerce social, afetivo, cognitivo, físico que a permita crescer de tal forma que se torne um adulto que venha a contribuir com a sociedade, de forma produtiva e rica, em todos os sentidos, não apenas profissional.
É necessário cuidarmos de nossas crianças.





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segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Afinal, Dinheiro traz felicidade ou não? (parte 2)


A Felicidade é encontrada em usar o dinheiro com sabedoria
a ideia de “não ter dinheiro” depende da realidade de cada um!


(... leia o artigo anterior).


Porém, a vida não é bem assim, certo? E é o que muitos vão dizer. Ainda temos os mercados, nossas casas onde precisamos pagar pela conta da água que chega, confortavelmente, em nossas torneiras (e pela energia elétrica), pagar pela moradia em si, pelas roupas, comida, escola, livros etc etc etc e tantas outras coisas, as quais são pagas com dinheiro, esteja ele no seu bolso ou no banco!
E daí, considerando esse mundo atual, capitalista, consumista, ganancioso, obstinado. Será que, neste mundo, nesta realidade, o dinheiro traz felicidade?
Não há dúvidas que ele é necessário nesta sociedade e nesta realidade. Não vivemos na pré-história. Mas, mesmo assim, creio que quando as pessoas falam de dinheiro, estão na verdade referindo-se à quantidade dele, não à sua presença.
Ouço pessoas dizerem “não tenho dinheiro”, mesmo tendo um emprego com salário, todas as contas pagas, comida na despensa, carro na garagem, e uns 200,00 ou 300,00 reais na carteira. Que seja 50,00. O que elas querem, realmente, dizer, quando dizem não ter dinheiro? É uma questão relativa, de comparação com outras situações. Ela vê aquele empresário, com muitos carros, algumas casas, seus 100 mil no banco e, comparando-se com ele, diz não ter dinheiro. Ou percebe que não tem nada na carteira, no momento e diz não ter dinheiro, apesar de todas as necessidades supridas. Encontro pessoas que dizem isso, mesmo tendo um investimento no banco. Não é que ela não tem dinheiro. Na verdade, se compara com aquele outro e considera que o pouco que tem nem pode-se dizer que é dinheiro. Talvez seja apenas uns trocados.
Mas tem outras, desempregadas, vivendo da compaixão de amigos e parentes, com o aluguel atrasado, prestes a ser despejada que, ao receber uns, digamos 300,00 de alguém para comprar um pouco de comida, se vê feliz e se imagina “rica”. Afinal, para quem não tinha nem o que comer na próxima refeição, agora pode garantir 1 ou 2 semanas de alimentação para sua família. Talvez 1 mês inteiro, se for apenas 1 pessoa econômica.
Dependendo da situação pela qual passa, uma se vê rica com pouco, outra se vê pobre com muito. É beeeeemmmmm relativo. A Bíblia diz que há pessoas que vivem “como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, e possuindo tudo.(2 Coríntios 6: 10) E ainda há um provérbio, também bíblico, que diz “Há alguns que se fazem de ricos, e não têm coisa nenhuma, e outros que se fazem de pobres e têm muitas riquezas.” (Provérbios 13: 7).
Tudo depende de como nos vemos, de como cada um encara o que tem, em relação ao que gostaria de ter. Podemos encontrar homens em mansões, com carros e iates, que não consigam encontrar felicidade porque enxergam que a felicidade está presente naquelas coisas que tem e, como isso não é verdade, nunca a encontra. E ainda pode encontrar outros igualmente ricos, que não valoriza essas coisas, mas as enxerga como meios de vida, mas que encontram a felicidade em realmente usar seu dinheiro para o propósito correto. Afinal, se alguém tem mais do que precisa para seu próprio conforto, certamente isso deve ser usado para dar um pouco mais de conforto a quem não tem nenhum.
Não vejo outro propósito, senão o de dividir com quem não tem, para aqueles que têm dinheiro sobrando. Dividir de forma sábia, constante, sustentável, inteligente. Na minha opinião, é a única maneira do excesso de dinheiro trazer felicidade a estas pessoas: Compartilhando com quem realmente precisa!
Por outro lado, quando encontramos aquela pessoa em situação totalmente desfavorável, como no exemplo dado, sem condições de dar um mínimo de conforto para si e para os seus, posso dizer que, embora um breve momento de receber algum dinheiro possa trazer felicidade momentânea, a felicidade irá embora quando o último arroz da despensa for cozido e voltar a não tiver sequer o que comer. Esse tipo de situação também não traz muita felicidade. É uma angústia constante.
Então, afinal de contas, o dinheiro traz ou não traz felicidade?




(leia a continuação no próximo artigo ...)






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segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Afinal, Dinheiro traz felicidade ou não?


Alguns dizem que sim, categoricamente.
Outros garantem que não.

Ainda há os que tentam conciliar dizendo que não traz, 
mas manda buscar. 

E há as brincadeiras, dizendo que não traz, 
mas compra isso ou aquilo e, afinal, 
como ser infeliz tendo isso ou aquilo.






Mas é uma questão realmente importante que, sem resposta, leva muitos a encararem como brincadeira. Mas é uma das questões centrais da vida. Afinal, a felicidade é uma busca de muitos. Deus mesmo deseja, sim, que seus filhos sejam felizes, embora o criador saiba colocar esta questão na hora e lugar certos: nos dará plena felicidade (sem morte, nem dor, nem doença etc.), quando alcançarmos (e para aqueles que alcançarem) a vida eterna.
O dinheiro também faz parte das nossas vidas, como meio de alcançar e suprir nossas necessidades e desejos.
Mas primeiro é necessário lembrar que o dinheiro, em si, é apenas um meio. Ele, por si só, não faz nada. Ele é o meio pelo qual alcançamos algumas das coisas que poderiam nos fazer mais felizes ou, pelo menos, suprir nossas necessidades a fim de podermos viver mais em paz, ou confortavelmente.
Para quem acha estranho eu dizer que o dinheiro, em si, não faz nada, vamos a um exercício de imaginação. Imagina, por exemplo, que você está no deserto, caminhando sem rumo há 5 dias, e faz 2 dias que sua água acabou. Ali não tem um mercado, loja de conveniência, nem uma casa de um morador para pedir ou comprar água. Mas, no seu bolso, você guarda a reserva para a viagem, digamos uns 20 mil reais em dinheiro vivo. Mas não tem água. Nem onde comprar. Nenhuma padaria. Nenhuma mercearia do zé! Nada! O que você faz com seu dinheiro? Manda furar um poço? Não, não tem ninguém nem equipamento para furar o poço por ali. Nada! Vai morrer com seu dinheiro no bolso. E provavelmente triste, porque não é nem um pouco alegre ou feliz morrer de sede, literalmente.
Numa situação parecidíssima, imagina que você está na sua cidade, no conforto da sua casa, com um bom dinheiro no bolso e outro tanto no banco. Mas houve problemas na cadeia de abastecimentos, e os mercados não têm mais comida. Prateleiras vazias, às moscas. E, ninguém prevenido nem avisado para a situação, não há reserva de comida em casa. Você anda, anda, e não encontra lugar para gastar seu precioso dinheiro, comprando comida. O que você faz? Come as cédulas que tem? Será que alimenta? Ou lamenta que o dinheiro, numa situação dessas, não serve para nada? Numa tristeza pela fome, se convence de que, enquanto a situação não melhora, seu dinheiro não ajuda. Mais feliz é o morador rural ou do casebre que, tendo uma casinha pequena e um pedaço de terra, se deu ao trabalho de cultivar alguns legumes ou frutas e está mais seguro de morrer de fome do que você, com dinheiro que não ajuda.
Bem, isso é só pra entender que o dinheiro, por si só, não faz nada. É apenas um meio. Não podemos comer ou beber dinheiro. Nem se divertir com ele, se os meios de diversão não estiverem disponíveis. Mas você pode dar muitas risadas, num bate papo gostoso com sua família, em sua casa, ou numa praça, em qualquer lugar, de graça, sem precisar do dinheiro, apenas conversando.
Por isso tudo, o dinheiro, por si só, não serve de nada.




(leia a continuação no próximo artigo... )





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segunda-feira, 13 de julho de 2020

Reeleição não é ruim!


Mas não vale reeleger político ruim.
Reeleição é bom só pra quem é bom em governar.



Não acho que a possibilidade de um candidato se reeleger seja ruim por si só. Alguns defendem que a opção da reeleição deveria acabar. Os principais motivos seriam o fato do candidato que também é o ocupante do cargo ficar metade do último ano do seu mandato sem trabalhar direito, cuidando apenas da sua (re)eleição e o outro motivo é o fato de esse mesmo candidato ter em suas mãos a “máquina pública”, gerando uma disputa desigual.
Um outro problema, não é nem o da reeleição, mas o fato de um candidato que está ocupando um cargo para prefeito, por exemplo, desejar se candidatar a governador, e não terminar seu mandato, interrompê-lo na metade para a nova candidatura. Mas, contra isso, por enquanto, não há lei e nem se a reeleição deixasse de ser permitida, resolveria este problema.
O problema não é a reeleição. Acho até que quando temos bons governantes, merecem uma extensão do seu mandato, a fim de poderem prolongar os benefícios que trazem. Muitas vezes, para alguém que realmente está fazendo algo de bom para a população, 4 anos é pouco para conseguir fazer tudo o que poderia. Ter a oportunidade de prolongar por mais 4 anos é bom! É bom para quem é bom para o país, para a população.
Mas veja bem, o brasileiro precisa aprender a votar.
Não deveria reeleger alguém só porque foi “mais ou menos” para a cidade, estado ou país. Nem deveria reeleger alguém que “não fez nada de ruim, não roubou”. Reeleição é um prêmio, uma chancela, uma aprovação popular que deveria ser dada apenas aos casos excepcionais. Ou seja, só reeleger quem foi honesto, quem cumpriu com o plano de governo (pelo menos o possível dentro de um primeiro mandato), quem foi competente naquilo que fez, que realizou um mandato realmente bom.
Reeleger só quem é bom mesmo. Competência e honestidade são essenciais.
Os “mais ou menos” precisam dar lugar para outro que se proponha a fazer melhor. E os ruins, precisam sair para nunca mais voltar, nem em outros momentos.
Assim, o recado do eleitor para os políticos é de que só se for bom mesmo, vai permanecer, seja num mandato sucessivo ou mais pra frente. Desta forma, os políticos vão entender que, se quiserem prorrogação do seu tempo, terão de fazer um ótimo trabalho.
O brasileiro precisa aprender a votar. Acho que está tendo boas lições ultimamente. Precisa votar naquele que é honesto e competente, independente se é do seu partido ou linha ideológica. Aliás, votar em ladrão e incompetente só porque é amiguinho, parente, da mesma linha ideológica etc., é um ato bem idiota da parte de alguns eleitores que, sabemos, fazem assim. Os inteligentes precisam votar de forma correta, com a cabeça, e ser maioria frente àqueles. Não se abster nem se omitir. É por isso que eu não voto nulo.






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segunda-feira, 22 de junho de 2020

Eu votei no Dória!

Votei sim, nas eleições para governador (para prefeito, não cabia a mim) e não me envergonho, nem me arrependo! Mas a gestão dele é uma porcaria. Isso mesmo. Muito além de porcaria. Pra porcaria, ele teria que melhorar muito. Mas sou eu, eleitor, que tenho que me envergonhar? Ele é que deveria ter vergonha de ser o incompetente, mentiroso e incapaz que é.
Mas minha lógica democrática como eleitor é muito simples. O Dória foi prefeito por 2 anos, um cargo local, com pouco tempo no caso dele. As opções que tínhamos para governador também não eram das melhores, pelo menos não conhecíamos aos outros, tanto quanto não conhecíamos ao Doria, também. E eu acho sim que precisamos, vez por outra, dar a chance de alguém que nunca ocupou um cargo político e que não tenha atos que sujem seu passado, para que possa mostrar seu trabalho na condução de um cargo eletivo, seja no executivo ou no legislativo.
Votar no Dória foi a opção da tentativa da mudança. Ele se apresentou como gestor e, a meu ver, precisamos mais de gestores na política, especialmente no executivo, em todos os níveis. Pareceu-me uma boa opção.
Mas ninguém avisou que ele era canalha. Que ele tinha um “quê” de ditador. Que ele não tinha escrúpulos, a ponto de se aliar ou apoiar alguém apenas para ganhar eleição e depois sair por aí falando mal desse mesmo alguém. Nada disso foi avisado ao eleitor.
Mas agora já sabemos.
E, se eu votar nele de novo, agora sou EU que não presto, que não tenho vergonha na cara.
Então, eu votei nele. Não considero que errei. Quem errou foi ele, que mentiu e enganou para poder ser eleito. Mas a beleza da democracia é essa. O engano tem prazo de validade: 4 anos. Ele nos enganou e, ao completar seu mandato de 4 anos (se é que vai completar), nunca mais eu terei de votar nele. Ninguém vai me obrigar a isso. Aí está a democracia. Se alguém o fizer, se alguém votar nele, é opção própria de ser idiota (ou parente, que damos um desconto neste caso, né).
Mas é importante que o brasileiro acostume com esta questão da democracia. O problema não é errar a primeira vez. Isso pode até acontecer. Senão, ninguém poderia receber a primeira chance de mostrar serviço. O problema é insistir no erro. Antigamente, políticos, mesmo sendo canalhas ou incompetentes, ficavam vários mandatos seguidos (no caso do legislativo, é possível diversas reeleições). Então, dar a chance para alguém que nunca administrou publicamente, mostrar sua capacidade, é algo de bom. Vai que ele tivesse sido um excelente gestor. Mas precisamos entender que gente assim, mesmo que não sofra impeachment, deve ser colocada para fora, definitivamente e para sempre, através do voto nas próximas eleições.
Então, eu votei nele. Uma vez só. Nunca mais votarei no Dória.


leia também o artigo "A morte do PSDB"



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segunda-feira, 18 de maio de 2020

A Morte do PSDB


A pá de cal que o Dória colocou no PSDB

O que é velho um dia termina. Está mais perto da morte. Não é cruel. É natural. Faz parte do ciclo da vida. O PT já encontrou sua hora. Morreu nas últimas 3 eleições. Pode não parecer, mas morreu. Um partido que não conseguiu produzir, em quase 40 anos, outro líder além do Lula, está dependendo deste para um resto de sobrevida, que não terá. Não tem outros líderes que o possam suceder. Morreu.
O PSDB passa pelo mesmo processo. Conseguiu receber um transplante de última hora antes de decretar sua morte final, aguardava um transplante de intestino grosso, porque tava tão cheio de m... que entupiu. Recebeu um novo. Mas não sabia que era usado. Apesar do tempo de sobrevida, sua morte também está decretada.
O transplante do PSDB, a última esperança deste partido que reúne Aécio, FHC, Serra, Alckmin, que já teve a honra de hospedar Mário Covas, o transplante dele para lhe dar um pouco de últimos suspiros e uma sobrevida foi a chegada do Dória ao PSDB de São Paulo. Em tempos de rejeição a políticos, o canalha do Dória usou de todos os subterfúgios para se eleger. Uniu-se ao Bolsonaro na campanha para surfar na popularidade do presidente, negando depois de ganhar as eleições que concordava com ele. Puro oportunismo barato. Bem barato que, há tempos atrás, passava batido pelos brasileiros, eleitores. Hoje não passa mais! Apresentou-se como um gestor, dizendo-se não ser político por saber da altíssima rejeição que os políticos passam no atual momento brasileiro. Apenas estratégias para se eleger. Nenhuma sinceridade. Nenhuma autenticidade. O candidato com máscaras que exige que todos usem máscara para se proteger de um vírus. As máscaras que o Dória usa são bem perigosas. Mas não enganam mais.
Repararam que, depois da chegada do Dória, todos os outros líderes do PSDB saíram de cena? Ficaram na deles. Aécio sumiu. Também, depois de ter de se eleger como deputado, pois não conseguiria sequer uma vaga no Senado, teria de sumir mesmo. Serra, nem se fale. Pena que Tancredo Neves e Mário Covas não sejam a inspiração de seus parentes. Um quê de dignidade e competência, aqueles tinham. Esse sumiço, uma estratégia pra lá de manjada, porque precisam “dar uma nova cara” ao PSDB, escolhendo o “gestor” Dória, que até agora não conseguiu gerir nada, e mostrou-se o mais canalha de todos os políticos, usando da politicagem mais baixa existente, aquela que sacrifica o povo, os empregos, as vidas, em troca de ser visto (sabe aquela frase “falem mal, mas falem de mim”?), para ser lembrado nas eleições. Ele pensa que ainda estamos naquelas épocas que bastava ser lembrando, não importando se fosse bom ou ruim. Esse Brasil, esse tipo de brasileiro, graças a Deus, acabou! Dória será lembrado, mas ao lado de Hitler, Stálin, Hussain e outros estadistas que massacraram seu povo para aumentar o poder. Não sei se podemos esperar terminar seu mandato para tirá-lo de lá. Não sei se São Paulo ou o Brasil aguentam o Dória com a caneta na mão.
O PSDB quis apagar os outros, colocando o engomadinho do Dória na vitrina, pra ver se esqueciam dos escândalos do PSDB. Acho que não deu certo. Dória acabou de colocar uma pá de cal no túmulo do PSDB. Bruno Covas deu a mão a ele, achando que estaria protegido atrás do sobrenome. Não tem nada do avô. Acho que nem entende o que o Mário fez por São Paulo. De igual, só o sobrenome e alguns pares de DNA.
Graças a Deus, mais um partido que não tem mais utilidade nenhuma para o Brasil. Não são só candidatos que precisam ser renovados a cada 4 anos. Está na hora de renovar partidos. Mas não só mudando nomes, como o PFL e outros que, orientados por marqueteiros, queriam dar nova cara às suas marcas desgastadas. Tem horas que a renovação só vem com a morte mesmo do partido.
Está na hora de renovar. Não tem mais lugar para o PT, nem PSDB no Brasil. Nem PFL, sempre exemplo do que de pior existe na política brasileira, que mudar só o nome para DEM (democratas ou demônios?) não resolveu o problema de ter gente como Maia e Alcolumbre no seu time. Talvez se o Mário Covas estivesse por aí, se Suplicy não fosse tão covarde, se ainda tivéssemos Tancredo haveria espaço para PT ou PSDB. Mas não tem como. Está na hora. E quem sabe uma das vítimas do COVID seja o PSDB. Essa vítima poderemos comemorar, não lamentar.
Está na hora do PSDB partir. Fechar. Terminar. O Dória é a prova final disso.
Que venham novos partidos, novos líderes, porque não dá pra ficar sem. Mas, além da renovação que tivemos nas últimas eleições, que venham mais renovações, que se limpe esse Brasil. No fim das contas, poderemos agradecer ao Dória, dizer obrigado por acabar de enterrar de vez esse cadavérico PSDB.


leia também o artigo: Eu votei no Dória!




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domingo, 10 de maio de 2020

Quem fala a verdade?


Antigamente, quando queríamos saber se uma fofoca ouvida nas redondezas ou um boato comercial era verdade, costumávamos recorrer ao noticiário, aos jornais, à imprensa de uma forma geral. Deveria ser ela a guardiã da verdade dos acontecimentos no mundo, sendo este (a verdade) um dos pilares de sua existência e a sua prática, o sustentáculo da sua credibilidade.
Se ouvíamos falar de algo aqui ou ali, esperávamos pelo noticiário da TV, à noite, ou pelo jornal impresso na manhã seguinte que teríamos certeza se aquilo era ou não verdade. E, como guardiã desta verdade, deveria ser a imprensa não apenas um dos pilares da democracia, mas também uma fonte confiável para que as pessoas soubessem dos acontecimentos e pudesse, assim, tirar suas conclusões e tomar suas decisões.
Imparcialidade e idoneidade são ferramentas essenciais para que essa verdade seja transmitida. Qualquer interesse particular numa notícia ou fato já o contamina com tendências e formas de falar/mostrar/escrever que colocam a credibilidade da transmissão da notícia em xeque.
Infelizmente, não temos mais como confiar na maior parte da imprensa. Hoje em dia, as coisas mudaram. E, claro, também não podemos confiar nos fofoqueiros de plantão das redes sociais. A grande maioria, se move por interesse. E, aos poucos que restaram, que não fazem isso, pairam também dúvidas sobre as notícias, visto fazerem parte do mesmo grupo. Assim como os políticos, mesmo quando há alguns que sejam honestos, difícil perceber, uma vez que a maioria massacrante deles se dá à corrupção. Da mesma forma, mesmo as fontes idôneas pagam um preço pela mentira da maioria. Injusto, mas inevitável.
E por que isso chegou a ficar assim? Pelo mesmo motivo já citado anteriormente neste blog, com relação às “verdades” ditas pelos cientistas, que não mais podem ser consideradas absolutas, visto serem movidas, não poucas vezes, por interesses econômicos. A sabedoria bíblica já dizia que “o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males”. Aqui também, na propagação da verdade (da notícia), muito interesse financeiro, político, econômico, de poder envolvidos distorcem a visão de quem emite e de quem recebe a notícia. A verdade se perde nisso tudo.
A notícia é escolhida e selecionada para ir ao ar conforme o interesse de grupos. Assim, noticia-se por meses e anos a fio a morte de uma mulher negra e esconde-se ou ignora-se a morte de policiais que perderam suas vidas na execução de seu serviço.
Pelo mesmo motivo, seleciona-se os fatos que serão mostrados, até mesmo a entonação de voz dos âncoras e repórteres, além do tempo dedicado à transmissão da notícia muda conforme o interesse da empresa que transmite a notícia. Se uma empresa de alimentos foi multada por contaminação em seus produtos for um grande anunciante de determinado veículo de comunicação (gerando-lhe renda), a notícia poderá ser ignorada ou passar apenas como um pequeno detalhe, ainda que a contaminação tenha matado ou causado problemas de saúde em várias pessoas, conforme o interesse de quem dá a notícia.
E assim vai, os exemplos são diversos. Encontrar alguém que seja realmente idôneo, imparcial e que transmita o fato de forma concreta, completa, sem tendências ou seleções de informações é realmente difícil.
Podemos nos beneficiar um pouco da pluralidade atual, onde vários veículos transmitem a mesma notícia e podemos ver várias versões, facilitando nosso entendimento para descobrir a verdade em meio aos interesses que são transmitidos juntos.
Mas uma coisa é certa: não podemos mais simplesmente acreditar, inocentemente, em tudo que se diz, mesmo que seja no noticiário. Mais do que nunca, análise crítica e uma boa dose de conhecimento em todas as áreas é necessário para se chegar a saber da verdade. E, mais do que nunca, a verdade absoluta, que só pode vir de Deus (nenhum humano seria capaz de produzir ou transmitir verdade absoluta), torna-se uma segurança, mais do que uma ameaça à liberdade, como muitos pensam. É apenas a verdade absoluta que nos possibilita viver em meio ao mar de relativismo que o mundo se tornou.


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segunda-feira, 20 de abril de 2020

Em quem podemos confiar?


Então quer dizer que 
não se pode confiar nos pastores, nos religiosos, 
mas se pode confiar cegamente na ciência??





Houve tempos que a palavra de um religioso era lei. Em muitos lugares, antes do estabelecimento de nações estado, com os poderes independentes, muito do que se fazia ou desfazia era ordenado por um clérigo. Aceitava-se sua palavra porque, já que ele representava Deus, então sua palavra devia ser a palavra do próprio Deus. E, era assim mesmo que devia ser. Um líder religioso devia e deve (até hoje) ter a noção que sua responsabilidade é grande, assim como deve ser grande sua ética, humildade e toda característica que torna um líder, verdadeiro líder.
E um verdadeiro homem de Deus é assim mesmo.
O problema é que muitos, ao longo da história, perceberam que esta posição de representante de Deus trazia muito prestígio e confiabilidade e passaram então, sem serem dignos de tal posto, a usurpar esta posição com o interesse de usufruir da reputação que este cargo oferecia. Neste caso, muitos se infiltraram, não sendo verdadeiros homens de Deus, mas passaram a assumir este posto e então levaram as pessoas à confusão, porque pensavam poder confiar neles, o que passou, com o tempo, a não ser verdade.
Mas isso não começou agora, como muitos podem estar pensando. Não é algo do nosso tempo, do nosso século. Nos templos bíblicos, certo homem viu que os discípulos de Jesus oravam e as pessoas recebiam o Espírito Santo e falavam em línguas, e este homem ofereceu aos discípulos dinheiro para obter este mesmo poder, esta mesma capacidade, que trazia muito prestígio e posição, características das quais os verdadeiros discípulos fugiam. Mas o homem que tentou obter isso com dinheiro foi repreendido e não conseguiu nada. Porque, de um verdadeiro seguidor de Cristo, não se usurpa este tipo de posição por dinheiro.
Depois disso, durante a idade média, quando toda Europa era comandada pela igreja católica, e quando os bispos e arcebispos eram os verdadeiros líderes políticos das cidades onde viviam, muitos almejavam e tentavam de todas as formas obter este cargo de bispo (mesmo sem ser um verdadeiro cristão), para poder usufruir do poder que neste cargo está embutido. O comércio deste cargo e a venda de título de bispo era comum neste época. Com o título, vinha o poder que eles queriam exercer a qualquer custo.
Mas a palavra de um líder religioso ainda valia muito.
Se dissessem que a terra era o centro do universo, por mais que observações astronômicas provassem o contrário, muitos continuariam acreditando que era assim, só porque os líderes religiosos diziam.
Faltou humildade para reconhecer erros. Faltou colocarem-se no próprio lugar, evitando falar de coisas que não entendiam. Faltou ética. Faltou muiiiita ética.
E então, veio o renascimento, o iluminismo, a idade das trevas ficou para trás. A ciência passou a ser a nova referência da verdade. Como reação a algo que tornou-se odioso, por se descobrir mentiroso, a ciência veio para tomar o lugar da religião, que mentia em troca de benefícios terrenos. Agora, o que um líder religioso falava, era duvidoso. Afinal, erraram em pontos cruciais. Afinal, descobriu-se que muitos fizeram afirmações apenas com propósitos pessoais. Afinal, descobriu-se que o interesse era mais pessoal do que na alma dos fieis ou na vida eterna. E, por terem sido desmascarados, perderam a credibilidade.
Não de uma vez. Não de uma hora para outra. Durou séculos.
Hoje em dia, para que algo seja verdade, não se ouve mais o que fala um líder religioso. Parece ser necessário atualmente dizer que a “ciência” comprovou que aquilo é verdadeiro. Até líderes religiosos hoje em dia se respaldam na dita “ciência” para definir o que é ou não é verdade.
E a ciência é, agora, o novo paladino da verdade.
E, no que tange a definir o que é verdadeiro, quando este é o objetivo, muitos buscam a palavra final da ciência. E os cientistas, não mais os líderes religiosos, são agora os que dizem “é” ou “não é”. E todos buscam agora o que eles têm a dizer a fim de saber se é verdade ou não.
Se a ciência diz que é, então é!!! Se diz que não é, então não é.
O problema é que a ciência também é feita por homens. Assim como a liderança religiosa. A ciência também é cercada pelas corrupções do gênero humano. O erro daquela não está ausente nesta. O pecado cerca e define o caráter de religiosos e cientistas. O pecado molda a ética de ambos. A cobiça (um pecado), o amor ao dinheiro (outro pecado, a raiz de todos os males), a sede de poder e tudo o mais cercam os cientistas humanos (até agora não conheci um cientista divino) tanto quanto os religiosos que um dia foram os referenciais da verdade.
E os cientistas têm, como aqueles outrora, seus interesses particulares, que muitas vezes sobrepõem-se aos interesses coletivos e humanos, numa acepção mais ampla.
Um cientista, que venha a descobrir a cura para o câncer por exemplo, que tenha uma família para sustentar e ganhe razoavelmente pouco, pode se ver tentado a aceitar uma proposta milionária para não divulgar a cura que descobriu (que beneficiaria milhões mundo afora). Afinal, ele (o cientista) e sua família, tem tantas necessidades que poderiam ser satisfeitas com aquele aporte milionário. E quem oferece este dinheiro, perderia muito mais dinheiro, se as pessoas que estão doentes e gastam fortunas com remédios que não curam, apenas aliviam o sofrimento, e são consumidos durante a vida do doente, durante 10, 20 ou 30 anos, e não param de gastar até a morte e são, portanto, os consumidores dos sonhos de qualquer indústria farmacêutica capitalista, estes mesmos empresários que vendem estes remédios que não curam, só aliviam, não gostariam que alguém pudesse ter um remédio que em 1 mês, ou 1 ano, já ficasse curado e não precisasse mais comprar.
Então, aquele cientista, paladino da verdade, mesmo que encontre a cura para uma doença destas, pode ser tentado a esquecer o assunto, se o futuro da sua família estiver garantido pelas empresas que ganham com a ausência de cura. Então, em pleno século XXI, quando a ciência, a tecnologia e a capacidade humana já foram capazes de tantas maravilhas, e considerando que o câncer (sua cura) é uma das buscas mais constantes e antigas das ciências médicas, fica difícil de acreditar num cientista quando vai à televisão e diz que ainda não há cura para isso.
Parece que todos acreditam, porque eles são, hoje, como os religiosos de outrora, os paladinos da verdade. Mas como aqueles, estes também se corrompem pelos interesses próprios.
Fica difícil dar credibilidade a todo e qualquer cientista, de forma acrítica, quando ficamos sabendo que alguns deles recebem verbas do governo, meses a fio, para sustentar uma equipe a chegar numa conclusão que diz que uma caixa é mais facilmente empurrada numa descida do que numa subida!!! Fica difícil, quando vemos o revezamento entre as ciências nutricionais, ora dizendo que o ovo, a carne de porco, o leite ou a soja são anjos em forma de alimento e pouco depois demonizam os mesmos alimentos, dizendo serem proibidos para o consumo. Fica difícil lidar com toda essa disparidade, contradição e falta de certezas.
A ciência não é infalível. A ciência também é feita de homens, humanos, permeados de interesses próprios. A ciência também erra, falha. A ciência também tira conclusões tendenciosas, pré estabelecidas através de suas pressuposições direcionadas.
O cientista também tem interesse em defender esse ou aquele ponto de vista. É preciso muita ética, mas muiiiita ética para manter a isenção verdadeira. O cientista também mascara o resultado de pesquisas para mostrar um perfil mais condizente com seus interesses.
Na ciência, falta humildade para reconhecer erros. Falta colocarem-se no próprio lugar, evitando falar de coisas que não entendem. Falta ética. Falta muiiiita ética.
Devemos sim confiar, tanto nos bons religiosos quanto nos bons cientistas. Levado a sério, ambas as posições contribuem para um mundo melhor. Se ocupadas pela escória da sociedade, ambas as posições têm poder altamente destrutivo!
Mas, para confiar, é preciso não ser cego. É preciso abrir o olho. O conselho bíblico é “examinar tudo, reter o que é bom”, e também nunca aceitar uma verdade de forma acrítica. Podemos passar tudo pela peneira e ver se realmente é como dizem que é. Tanto o cientista quanto o líder religioso.
Acho que a ciência, no seu devido lugar, tem muito a contribuir. A religião também. Ambas precisam de ética, humildade, seriedade e percepção que aquilo que fazem tem consequências.



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segunda-feira, 30 de março de 2020

Suicídio – não precisa chegar a isso


Tirar a própria vida.
Parece um ato extremo, incompreendido por quem não passa pelos extremos da luta da vida, mas que é muito comum e tem aumentado, inclusive entre grupos que antes não se via cometer tais atos.



Alguém vai ler a frase acima e dizer: “todos têm problemas na vida”. É verdade, todos têm, mas nem todos permanecem, constantemente, sendo atacados pelos problemas, sem trégua. Nem todos possuem distúrbios mentais, psicológicos ou sociais que tornem os problemas como se fossem becos sem saída. Nem todos têm a facilidade de alguns que não se importam com os problemas, deixando “a vida me levar”, tornando-se muitas vezes exemplos de irresponsabilidade e leviandade, mas não se deixando pressionar por nada. Nem todos têm a falta de escrúpulos de alguns que para se verem livres da própria pressão dos problemas, não se importam em fazer outros sofrerem etc etc etc.
Ou seja, aqueles que sofrem, sobre si mesmos, a carga de problemas todos, são pressionados constantemente sem trégua e têm dificuldades em se livrar desta pressão não são muitos não.
Todos têm problemas, é verdade. Mas alguns, para resolverem os seus, prejudicam o próximo. Se livram do seu problema de imediato, e os causam na vida de outros. Geralmente, aqueles que não aguentam e decidem acabar com sua própria vida, são aqueles que suportam tudo sobre si, sem repassar. Não está certo repassar nossos problemas para os outros, causar problemas na vida dos outros. Mas também não temos, muitas vezes, a estrutura para aguentá-los todos, sozinhos, sem um escape. Foi neste sentido que Jesus disse que poderíamos entregar a Ele nosso fardo, nosso peso, nossa dor, angústia e luta, pois ele nos daria alívio, descanso (Mt 11: 28). Neste sentido, ele tiraria aquela pressão que causa a explosão. Isso pode ser feito diretamente, para quem sabe como se relacionar com Deus, um ser invisível ou pode ser feito através de amigos, psicólogos, pastores, gente realmente disposta a ouvir e que possa oferecer aquele escape, aquele alívio, aquele conselho realmente relevante que alivie a pressão e traga o descanso necessário que dissipa a necessidade de medidas extremas.
Mas onde Deus ou Jesus entra, se procuramos um amigo, psicólogo, pastor etc.? Ele é o que dispõe estas pessoas para ouvir (se realmente estão dispostas). Ele quem dá sabedoria ou a palavra certa na hora certa, que traga novamente a vontade de viver para quem está no limite. Ou você acha que outros seres humanos têm a capacidade e o poder de restaurar vidas e tornar a trazer a vontade de viver a quem chegou no extremo? Este é um trabalho que somente Deus pode fazer, mesmo que seja indiretamente, através de alguém que esteja ali, estendendo as mãos e os ouvidos, com atenção.
Têm aqueles que já no auge dos seus 30 ou 40 anos, ainda vivem como se tivessem 12 ou 15. Não assumem nenhuma responsabilidade, nenhuma preocupação. Esse é um extremo com outros desdobramentos e outras preocupações. Este extremo também é prejudicial e talvez leve a alguém querer acabar com a própria vida, não pela pressão que sofre, mas pela falta de sentido no viver, pela falta de se achar importante ou útil. Mas há aqueles que já com 12 ou 15 precisam viver como se tivessem 30 ou 40, precisando sustentar uma casa, com irmãos mais novos e pais que estão no primeiro grupo e se abstiveram de suas responsabilidades, jogando nas costas de uma criança. Ou aquele adolescente que sente que precisa resolver os problemas de todos, ou que não se sente amado, porque nunca recebeu uma palavra de amor, de afirmação, de elogio de seus pais e dos que estão próximos, ou aquele adolescente que foi alvo de chacotas durante anos na infância pelos colegas e já “não aguenta mais”. Enfim, cada um precisa viver de acordo com sua capacidade de processar as dificuldades da vida.
Viver no extremo indefinidamente, sem conseguir avistar uma luz no fim do túnel, ser pressionado sem trégua, viver sem sentido ou sem amor. Tudo isso e outros tantos motivos levam pessoas a pensarem que dar um fim à própria vida é uma saída melhor que continuar do jeito que está. E pode parecer a única saída. Mas, com certeza, há outras saídas. Continuar nesta vida e encontrar seu propósito de vida (porque todos temos um propósito em estar aqui, pode ter certeza, Deus garante isso), buscar verdadeiros amigos e companhia, sendo que o primeiro deles deve ser o próprio Deus, disponível sempre, amoroso ao extremo e que compreende, como nenhum outro, nossas necessidades, e se abrir para Deus e para verdadeiros amigos podem ser soluções. Saber dar um tempo das pressões e conseguir ajuda para “despressurizar” é também muito importante. E tantos outros meios. Mas, com certeza, há saída.
Para quem não passa por isso, é necessário compreender, não deixar que a pressão dos que estão próximos de nós fiquem no extremo, estender a mão e os ouvidos para ouvir são atitudes que podem salvar vidas.
Mas com certeza, há saída, há opções. Esteja você de que lado estiver: precisando de ajuda ou podendo oferecer. Só não podemos, nenhum de nós, nos omitir, nos calar.
No final, a solução está sempre em Deus e no seu grande amor. Tenha certeza.



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segunda-feira, 9 de março de 2020

Teimosia X Persistência (parte 2)


...leia a primeira parte deste artigo: Teimosia e persistência

E agora quero propor avaliar algumas diferenças entre o “teimoso” e o “persistente”. Não podemos, como já dissemos antes, avaliar pelo tempo que demora para algo dar resultado, até porque isso é muito subjetivo. Cada um tem sua percepção de tempo e de como as coisas devem andar. O que para um é teimosia, pelo tempo que já demora, para outro é persistência, porque ele sabe que esse tempo é necessário para amadurecer os processos. E o persistente não atropela os processos. Anda e age conforme o caminhar de cada etapa.
Uma das diferenças mais claras entre o teimoso e o persistente foi dita acima. O teimoso muitas vezes insiste em algo, mas de braços cruzados. Fica com uma empresa aberta, ou amarrado num relacionamento, ou ainda preso por um emprego que não o leva a lugar nenhum apenas para ver se algum dia, “alguma coisa” acontece para mudar tudo. Não faz nada, em nenhum sentido, para ver se aquela situação muda.
Esse “fazer algo” também é muito amplo. Realmente, às vezes o fazer algo é justamente esperar pelos resultados de uma atitude anterior que precisa de tempo para ser respondida. Saber o tempo certo de esperar e de agir é realmente necessário. Às vezes o “fazer algo” é buscar o discernimento e a sabedoria justamente para se saber o que fazer em um determinado momento. O fazer algo pode ser uma simples conversa com um superior no serviço, com o companheiro(a) no relacionamento. Mas é precisa saber que algo precisa ser feito, do jeito certo e na hora certa, com sabedoria, não de qualquer jeito, a torto e a direito, a esmo. O teimoso conta, muitas vezes com a sorte. Espera que algo aconteça sem ter ideia do que seja. O persistente tem clareza quanto ao tempo de esperar, o de agir, o de parar, o de falar, o de calar, o de descansar, o de fazer uma retirada ou recuo estratégicos.
Se você inicia um empreendimento na sua vida, qualquer que seja, e não tem a mínima noção de como caminhar naquilo, é muito provável que fique nele, mais por teimosia do que qualquer outra coisa.
Fazer algo, implica saber o que se está fazendo. Mesmo que o que esteja fazendo seja ficar quieto, esperando, dar um recuo. Mas se for consciente e se souber o que está fazendo e o porquê estar fazendo aquilo, mesmo que seja descansar, então está fazendo algo. Esperar é diferente de ficar parado, neste sentido. Quem espera, sabe quando deve iniciar o tempo da espera e quando ele termina (mesmo que erre um pouco, no tempo, mas sabe que existe um início e um fim para isto).
Outra situação que diferencia o teimoso do persistente é saber avaliar, com sinceridade, os resultados parciais do processo. Mesmo que ainda não se tenha chegado ao resultado final, sei que estou caminhando, tomando algumas atitudes e percebendo que, a cada passo dado, alguns resultados parciais já se apresentam. E, nestes resultados parciais, pelos quais eu batalhei para alcançar, eu cresci, amadureci, me preparei melhor para os próximos passos, e vou saber aproveitar esse aprendizado quando seguir os próximos passos.
Por exemplo, pode ser que um determinado curso que eu faça não tenha por objetivo final a obtenção do diploma, numa situação específica minha! Diploma esse que eu terei se chegar até o final e devo buscar isso. Mas pode ser que este curso seja parte de um outro processo maior, onde o objetivo mesmo é a obtenção do conhecimento que ele me fornece. Se eu obtive o conhecimento, mesmo sem o diploma, então alguns de fora poderão me julgar “teimoso” porque fiz um curso que não trouxe “nenhum resultado” (estão dizendo sobre o diploma), mas eu posso estar consciente que obtive o resultado de que precisava, adquirindo o conhecimento que necessitava, como ferramenta para um projeto maior, do qual esse conhecimento obtido é apenas uma parte.
Conseguir observar e avaliar os resultados parciais pode caracterizar a persistência. O persistente olha e diz: “mais um passo que eu alcancei, que eu venci. Vamos prosseguir em busca do resultado final, porque consegui mais um pouco”. O teimoso nunca vai perceber isso, nem buscar. Fica atirando pra todo lado, sem objetivos, sem um alvo específico. E, neste caso, não tem como avaliar resultados parciais.
Na bíblia, eu poderia dizer que isso seria o que se diz de ser “mais que vencedor”. Eu venço aquilo que era o objetivo final, mas venço também vários itens parciais durante a caminhada. Minha vitória final na Bíblia é referente ao pecado. Mas, enquanto vou lutando para vencer o pecado, também sou próspero, também cresço em maturidade etc etc.
Outra diferença é que o persistente sabe o que está fazendo e o porquê, tem clareza das etapas, sabe qual é o seu objetivo. O teimoso apenas deseja o resultado e fica dando tiro a esmo, esperando que algum acerte, conta com a sorte. O persistente continua no seu caminho, consciente das dificuldades, do tempo e da dedicação necessários para se obter o que deseja e vai ajustando as atitudes de acordo com o caminhar. Muitos itens planejados no início podem necessitar de mudanças, de acordo com o que ocorre durante a caminhada, mas quem é persistente faz o ajuste das tarefas de forma consciente e não se deixa abater pelos imprevistos. O persistente sabe que os imprevistos fazem parte do processo e tenta resolvê-los, ajustá-los ou mesmo aproveitá-los em seu benefício no processo. O teimoso ignora os imprevistos e pode sofrer com isso. Fica apenas esperando que “algo resolva o imprevisto que apareceu”.
Há muito o que diferencia o teimoso do persistente. Espero que você seja persistente, consciente do que está fazendo, com um objetivo final e clareza das etapas para se chegar ao seu objetivo. Disposto aos sacrifícios e dedicação necessários para se chegar onde deseja. E que não fique, como um teimoso, uma mula empacada, insistindo em algo que nem sabe como anda, nem sabe por que está ali.



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