segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Afinal, Dinheiro traz felicidade ou não? (parte 3)


Sabendo usar, você pode encontrar a felicidade,
tendo o dinheiro a seu serviço


(... leia o artigo anterior)

Então, afinal de contas, o dinheiro traz ou não traz felicidade?
Não. Categoricamente, não! O dinheiro em si não traz nenhuma felicidade. Ele, por si só, não pode fazer nada. Pra ninguém. Mas, e este “mas” é gigantesco, o dinheiro é necessário e, quando (esse “quando” também é bem grande) usado com sabedoria, pode fornecer os meios para que as pessoas encontrem a verdadeira felicidade. Se o dinheiro for tratado como deve ser, um escravo a nosso serviço, e que seja usado com sabedoria, pode fazer muita coisa. Eu diria que deveríamos usar o dinheiro com a orientação de Deus para que possamos encontrar a felicidade, não no dinheiro, mas no uso correto que se faz dele. Mal usado, ele pode ser inclusive fonte de grandes desgraças. Que o diga o pai que deu, indiscriminadamente, dinheiro à vontade para seu filho adolescente, e só percebeu que o filho o gastava com drogas quando morreu de overdose. Sem sabedoria, o dinheiro é uma boa fonte de desgraças.
Mas a questão ainda é a quantidade. Não a quantidade absoluta, mas a relativa, do dinheiro que temos em nosso poder.
A Bíblia fala bastante sobre o dinheiro, em como utilizá-lo de forma sábia. Por exemplo “Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.” (1 Timóteo 6: 8) Esta pérola de sabedoria bíblica, une o dinheiro à felicidade e o segredo para assim obtermos essa felicidade. Se tivermos sustento e com que nos cobrirmos, devemos considerar isso motivo de estar contentes. Essa pequena frase inclui em si uma avalanche de sabedoria.
Primeiro, para os apressados que pensam que entendem esse versículo bíblico numa leitura rápida, quero fazer algumas considerações: 1. Quando diz “tendo, porém, sustento”, a Bíblia está considerando o tempo e local histórico de cada leitor. Se, no tempo bíblico, sustento poderia ser ter dinheiro para comprar comida, hoje em dia pode incluir a compra de um aparelho telefônico, tão necessário nos dias de hoje. Mas, usando este exemplo, eu poderia dizer desta forma: “esteja contente em poder ter um aparelho telefônico, necessário hoje em dia, mas não precisa ficar trocando de aparelho todo ano, por um modelo mais novo, apenas por vaidade ou por gosto, contente-se em ter, use o dinheiro da troca anual para outras coisas, inclusive para ajudar quem precisa, se você não tiver outras necessidades” Ou seja, devemos nos contentar com o básico e, embora o básico de hoje seja diferente do básico de 1000 ou 2 mil anos atrás, um pouco de bom senso pode nos ajudar a entender que a felicidade pode vir, se não ficarmos olhando para a vaidade.
Tendo, porém, sustento”, pode incluir sim, a necessidade de um automóvel para quem dele depende para o trabalho ou algumas necessidades da família, num mundo como o de hoje. Mas, com certeza, não inclui a necessidade de automóveis que custam mais que uma casa, muito menos a necessidade de novos ou automóveis extras, para deixar guardado ou mostrar para os amigos.
Bem, esta frase, por si só, poderia dar espaço para um livro inteiro de exemplos e discussões. Mas não vou dar continuidade a isto, acho que deu pra entender o essencial: de que devemos ficar contentes em ter o necessário para nossa vida, ainda que o necessário de uns possa ser diferente do necessário para outros.
2. Quando acrescenta “com que nos cobrirmos”, o sábio escritor bíblico está incluindo a necessidade de abrigo, proteção e acolhimento às nossas vidas. Esse “cobrir” inclui a roupa, uma cama e a casa, que cumpram com a tarefa de nos proteger do frio e calor, mas inclui também nos cobrir da presença dos nossos familiares, para não ser necessário que famílias vivam separadas, por exemplo, como mandar filhos embora por não ter como sustentá-los. Essa cobertura, da qual fala o escritor, inclui a ideia de uma cobertura emocional, espiritual, onde uma família tenha condição de viver unida, onde não haja necessidade de abrir mão de um filho, por falta de subsídio básico para a vida, onde um casal não se separe pela falta do básico para que vivam unidos. De novo, usar de sabedoria é essencial, porque ostentar vaidades não é necessário para se ter abrigo, mas talvez a oportunidade de ter momentos juntos, onde possam compartilhar de risadas, sim. E, se tiver dinheiro suficiente para isso, é motivo de alegria.
3. E a última parte desta sabedoria bíblica é o principal de tudo, quando diz “estejamos com isso contentes”. Aqui, ele está dizendo que o segredo da felicidade, do estar contente, é nossa atitude, nossa reação perante o que temos. Se tivermos um modo de vida onde queremos sempre mais, onde nunca é o bastante aquilo que temos, onde ao se conseguir algo, desprezamos para logo em seguida buscar algo maior, algo mais, então nunca estaremos contentes. Quem vive assim, jamais irá celebrar ou festejar uma pequena conquista, um pequeno passo dado. Quem vive assim, sempre irá olhar para um objetivo inalcançável, desprezando cada passo dado, sempre querendo mais, correndo para alcançar a cenoura amarrada a uma vara presa à sua cabeça. Nunca chega, nunca sente a plenitude de conquistar um objetivo, ainda que pequeno, está sempre insatisfeito, sempre buscando algo que nunca alcança.
Viver assim é triste demais.




(continua no próximo artigo ... )




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