Sabendo
usar, você pode encontrar a felicidade,
tendo
o dinheiro a seu serviço
(... leia o artigo anterior)
Então,
afinal de contas, o dinheiro traz ou não traz felicidade?
Não.
Categoricamente, não! O dinheiro em si não traz nenhuma felicidade.
Ele, por si só, não pode fazer nada. Pra ninguém. Mas, e este
“mas” é gigantesco, o dinheiro é necessário e, quando (esse
“quando” também é bem grande) usado com sabedoria, pode
fornecer os meios para que as pessoas encontrem a verdadeira
felicidade. Se o dinheiro for tratado como deve ser, um escravo a
nosso serviço, e que seja usado com sabedoria, pode fazer muita
coisa. Eu diria que deveríamos usar o dinheiro com a orientação de
Deus para que possamos encontrar a felicidade, não no dinheiro, mas
no uso correto que se faz dele. Mal usado, ele pode ser inclusive
fonte de grandes desgraças. Que o diga o pai que deu,
indiscriminadamente, dinheiro à vontade para seu filho adolescente,
e só percebeu que o filho o gastava com drogas quando morreu de
overdose. Sem sabedoria, o dinheiro é uma boa fonte de desgraças.
Mas
a questão ainda é a quantidade. Não a quantidade absoluta, mas a
relativa, do dinheiro que temos em nosso poder.
A
Bíblia fala bastante sobre o dinheiro, em como utilizá-lo de forma
sábia. Por exemplo “Tendo,
porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso
contentes.”
(1
Timóteo 6: 8)
Esta pérola de sabedoria bíblica, une o dinheiro à felicidade e o
segredo para assim obtermos essa felicidade. Se tivermos sustento e
com que nos cobrirmos, devemos considerar isso motivo de estar
contentes. Essa pequena frase inclui em si uma avalanche de
sabedoria.
Primeiro,
para os apressados que pensam que entendem esse versículo bíblico
numa leitura rápida, quero fazer algumas considerações: 1. Quando
diz “tendo, porém, sustento”, a Bíblia está considerando o
tempo e local histórico de cada leitor. Se, no tempo bíblico,
sustento poderia ser ter dinheiro para comprar comida, hoje em dia
pode incluir a compra de um aparelho telefônico, tão necessário
nos dias de hoje. Mas, usando este exemplo, eu poderia dizer desta
forma: “esteja contente em poder ter um aparelho telefônico,
necessário hoje em dia, mas não precisa ficar trocando de aparelho
todo ano, por um modelo mais novo, apenas por vaidade ou por gosto,
contente-se em ter, use o dinheiro da troca anual para outras coisas,
inclusive para ajudar quem precisa, se você não tiver outras
necessidades” Ou seja, devemos nos contentar com o básico e,
embora o básico de hoje seja diferente do básico de 1000 ou 2 mil
anos atrás, um pouco de bom senso pode nos ajudar a entender que a
felicidade pode vir, se não ficarmos olhando para a vaidade.
“Tendo,
porém, sustento”, pode incluir sim, a necessidade de um automóvel
para quem dele depende para o trabalho ou algumas necessidades da
família, num mundo como o de hoje. Mas, com certeza, não inclui a
necessidade de automóveis que custam mais que uma casa, muito menos
a necessidade de novos ou automóveis extras, para deixar guardado ou
mostrar para os amigos.
Bem,
esta frase, por si só, poderia dar espaço para um livro inteiro de
exemplos e discussões. Mas não vou dar continuidade a isto, acho
que deu pra entender o essencial: de que devemos ficar contentes em
ter o necessário para nossa vida, ainda que o necessário de uns
possa ser diferente do necessário para outros.
2.
Quando acrescenta “com que nos cobrirmos”, o sábio escritor
bíblico está incluindo a necessidade de abrigo, proteção e
acolhimento às nossas vidas. Esse “cobrir” inclui a roupa, uma
cama e a casa, que cumpram com a tarefa de nos proteger do frio e
calor, mas inclui também nos cobrir da presença dos nossos
familiares, para não ser necessário que famílias vivam separadas,
por exemplo, como mandar filhos embora por não ter como
sustentá-los. Essa cobertura, da qual fala o escritor, inclui a
ideia de uma cobertura emocional, espiritual, onde uma família tenha
condição de viver unida, onde não haja necessidade de abrir mão
de um filho, por falta de subsídio básico para a vida, onde um
casal não se separe pela falta do básico para que vivam unidos. De
novo, usar de sabedoria é essencial, porque ostentar vaidades não é
necessário para se ter abrigo, mas talvez a oportunidade de ter
momentos juntos, onde possam compartilhar de risadas, sim. E, se
tiver dinheiro suficiente para isso, é motivo de alegria.
3.
E a última parte desta sabedoria bíblica é o principal de tudo,
quando diz “estejamos com isso contentes”. Aqui, ele está
dizendo que o segredo da felicidade, do estar contente, é nossa
atitude, nossa reação perante o que temos. Se tivermos um modo de
vida onde queremos sempre mais, onde nunca é o bastante aquilo que
temos, onde ao se conseguir algo, desprezamos para logo em seguida
buscar algo maior, algo mais, então nunca estaremos contentes. Quem
vive assim, jamais irá celebrar ou festejar uma pequena conquista,
um pequeno passo dado. Quem vive assim, sempre irá olhar para um
objetivo inalcançável, desprezando cada passo dado, sempre querendo
mais, correndo para alcançar a cenoura amarrada a uma vara presa à
sua cabeça. Nunca chega, nunca sente a plenitude de conquistar um
objetivo, ainda que pequeno, está sempre insatisfeito, sempre
buscando algo que nunca alcança.
Viver
assim é triste demais.
(continua no próximo artigo ... )
se gostou deste, compartilhe clicando abaixo
e clique em “seguir” ao lado para acompanhar novas publicações.
___________________________________________
um novo artigo por mês, neste blog
veja outros trabalhos meus, no meu site:
http://lupasoft.com.br/LucasDurigon/
Nenhum comentário:
Postar um comentário