
A questão da evolução, desde que surgiu, foi muito mais uma
questão religiosa e ideológica do que científica. Não pelo fato
em si, mas pela maneira como todos sempre trataram desta questão e
como ela se apresentou. De todas as partes, não apenas deste ou
daquele grupo. A começar do próprio Darwin e sua esposa. Ele
demorou muito mais para publicar, receoso da reação que suas ideias
poderiam trazer. Sua esposa, com medo de ele (um homem religioso) ir
para o inferno por causa disso. Não iria. Não por causa disso. As
ideias que ele trouxe não são um problema tão grande assim. As
pessoas que se utilizaram de suas ideias é que tornaram a questão
muito mais do que realmente era. Isso porque quem depois entrou em
contato com seus estudos também levaram a questão para o lado
ideológico e religioso, muito mais do que o científico.
A questão da origem da vida tem sido estudada por milênios. Todos
os grandes cientistas / filósofos da história sempre se fizeram
esta pergunta. Alguns se dedicaram mais exclusivamente a essa busca,
outros de forma mais secundária. Mas é uma questão central. Porque
nos responderia questionamentos, daria um sentido à nossa vida e por
tantos outros motivos. A Bíblia trouxe essa resposta também, há
milênios. A única que tínhamos até surgir Darwin. E, na verdade,
o grande mérito dele foi conseguir trazer uma alternativa de
resposta a essa questão, que antes tinha uma resposta exclusivamente
bíblica. Muitos tentaram trazer uma explicação alternativa.
Ninguém conseguiu. Darwin foi quem mais chegou perto. Não tanto
pelas respostas em si, mas pelo momento histórico que vivia o mundo.
Já falaremos disto.
Prova de que até hoje em dia a questão é mais religiosa, vinda de
todos os lados, é uma reportagem da veja publicada alguns anos atrás
(edição 2099, de 11/02/2009) a partir da pág. 73. A articulista
utiliza os parágrafos introdutórios falando apenas da questão
ideológica e religiosa da questão, preocupada em colocar um viés
de que o fato de alguns não aceitarem a “teoria” da evolução
como científica é um absurdo. Na introdução e durante todo o
artigo, não são apresentados fatos científicos. Nenhum reultado de
nenhuma experiência que tenha comprovado a origem da vida, ou
fósseis que mostrem os elos perdidos. Apresenta os fatos de sempre,
que não provam nada e um forte viés religioso, sempre repetindo que
a teoria é científica, mas sem mostrar porquê, sem apresentar as
provas, como se fosse um absurdo não acreditar nesta teoria. Na
verdade, como a teoria da evolução não tem comprovação
científica de acordo com os parâmetros modernos da ciência, então
para acreditar nela é também uma questão de fé. Assim como o que
está na Bíblia precisa ser acreditado por fé. E, neste caso, é
assim mesmo, da mesma forma a teoria da evolução também depende de
fé para ser crível, porque não há comprovação científica para
ela, embora muitos que a defendem (volto a dizer por motivos
religiosos e ideológicos) fiquem repetindo que é científica, como
que para fazer isso entrar na cabeça das pessoas, como uma verdade.
Mas já explico porque de toda essa opinão. Eu também apresento
esta questão de forma ideológica / de fé, porque assim o é. Mas
vamos entender porque é assim. Sempre foi.
Lamarck, precursor de Darwin, defendeu, dentre outras coisas a teoria
da geração espontânea. Numa de suas experiências, colocou roupas
sujas, alimentos e outras coisas numa sala fechada. Dias depois, ao
surgirem ratos e outros bichos lá dentro, ele concluiu que eles
tinham surgido a partir da matéria em decomposição naquela sala.
Claro que isso foi refutado depois e hoje parece absurdo. Mas uso
este exemplo para lembrar que naquela época (Lamarck publicou seus
estudos em 1809 e Darwin em 1859), ainda não se conheciam as teorias
da microbiologia e a presença dos seres vivos microscópicos que
alteram a forma dos compostos orgânicos, capazes de fazer, por
exemplo, com que um alimento estrague, que o cheiro alterado atraia
algum outro animal. Portanto, os ratos e outros bichos não surgiram
do nada na experiência de Lamarck. Os micro-organismos existentes
comprovadamente pelas experiências de Pasteur (estudos publicados em
1849) alteraram aqueles alimentos e atraíram os ratos e outros
bichos. Hoje, isso parece óbvio, mas é o que a fase do conhecimento
da época permitia que os cientistas acreditassem. Hoje é a mesma
coisa. Muitos conhecimentos ainda dependem de comprovação ou de
experiências a mais. A teoria da geração espontânea, aceita por
Lamarck, durou séculos, desde Aristóteles (séc. III a.C.) até que
Louis Pasteur comprovou sua impossibilidade por experiências
repetidas e comprovadamente mantidas até hoje. Porque isso é
ciência, quando uma ideia pode ser comprovada repetidas vezes por
experimentos.
Pouco tempo depois de Darwin publicar seu livro “A Origem das
Espécies”, outro estudo deu novos rumos ao conhecimento genético.
Gregor Mendel, apenas 6 anos depois da publicação de Darwin (em
1865), apresentou seus estudos sobre hereditariedade, e mostrou como
o cruzamento de indivíduos diferentes DE UMA MESMA ESPÉCIE trazem
os resultados em seus descendentes. Explicou porque duas pessoas
altas, quando geram filhos, a possibilidade de que eles sejam altos é
grande. Suas experiências foram com ervilhas. Mas são o início da
moderna genética. Ou porque às vezes as características genéticas
são herdadas dos avós e não dos pais. E outras questões também.
Junto com isso, que deu início aos etudos da genética, que hoje
levaram ao conhecimento do DNA, é possível provar que uma espécie
jamais se transformará em outra. Seus estudos evoluiram nos dias de
hoje para provar que se um indivíduo tem herança genética gravada
em seu DNA, para dizer que ele é um elefante, por exemplo, esse
indivíduo jamais será transformado em outro tipo de ser, outra
espécie, que venha a ser uma nova espécie. A memória genética
mantém o ser e suas características, que o definem como a espécie
que é. As mutações, nestes casos, quando são anomalias ou
defeitos genéticos, não são transmissíveis para as próximas
gerações. São eventos isolados e, portanto, não dão continuidade
às transformações para gerar evolução. Mas Darwin não tinha
essas informações, já comprovadas por experiências e por um dos
conhecimentos mais certos da atualidade: o DNA. Hoje, essa é uma
prova de que jamais uma espécie poderá se transformar em outra. O
DNA é fixo. Até mesmo o simples cruzamento de 2 espécies
diferentes, quando geram herdeiros (geralmente não geram), estes
herdeiros são estéreis, não passam para a próxima geração,
impossibilitando a continuidade de uma evolução e novas espécies.
Estes são alguns exemplos de outros estudos, da época de Darwin,
que complementam os conhecimentos apresentados na teoria da Evolução,
para nos ajudar a entender tudo.
Nenhum destes outros estudos foram tão polêmicos quanto Darwin. Nem
tiveram a mesma publicidade. E eles corrigem a direção dos estudos
de Darwin. Mas parece que muitos os ignoram. Por quê? Justamente,
porque a questão da evolução não é, nem nunca foi científica,
ou encarada desta forma, por parte daqueles que a divulgaram. Sua
propagação teve motivações diferentes da científica.
Neste momento, é importante um esclarecimento. Vamos separar 2 tipos
de evolução.
O primeiro, aquele tipo de evolução de adaptação de uma espécie
ao meio ambiente, permitindo que alterações em sua anatomia
melhorem suas condições de sobrevivência em um local, numa
determinada época. Isso explica os bicos dos tentilhões que Darwin
viu em Galápagos e a questão do aumento de tamanho do pescoço das
girafas. As girafas já tinham pescoço comprido. Talvez não tanto.
Mas, basicamente, a anatomia toda já estava preparada para ter um
pescoço comprido. A evolução permitiu que o aumento do tamanho do
pescoço ajudasse cada vez mais a conseguir alimentos nas copas das
árvores em momentos difíceis. E conseguir esses alimentos permitiu
que as de pescoço mais altos tivessem mais chances de sobrevivência.
Mas ela sempre foi e continua sendo uma girafa. Até mesmo alguns
seres humanos, quando vivem de forma gregária, adquirem, em
determinadas regiões características específicas que facilitam sua
adaptabilidade e sobrevivência. Moradores de regiões altas, como o
Tibet, apresentam uma ótima adaptação para o aproveitamento de
oxigênio em locais com ar mais rarefeito. Também podemos ver em
grupos como tribos de pigmeus (humanos de estatura bem baixa, embora
não sejam anões) que mudanças na estrutura anatômica são
visíveis e possíveis em determinados grupos, em determinadas
épocas. Nenhuma destas alterações faz com que os indivíduos se
tornem outra espécie. Continuam sendo humanos. Todas essas mudanças
são possíveis e normais. Ajudam os indivíduos a se adaptarem às
condições do ambiente para sobreviverem. É observada inclusive em
humanos, conforme os exemplos acima. O que nunca se observou, foram
mudanças do tipo surgimento de um novo órgão no corpo, que venha a
ser transmitido a gerações futuras, ou desaparecimento de um órgão.
Mesmo com as adaptações, a espécie continua a mesma. O bico
aumenta ou diminui, o pescoço idem. Mas a espécie não se
transforma em outra. Esse tipo de evoução não é problema
religioso, moral ou ideológico. É perfeitamente aceitável,
observável e necessário para a sobrevivência. É cientificamente
aceita e já foi comprovada por observações repetidas. Nem gera
problemas éticos, morais, religiosos ou ideológicos. Este tipo de
evolução existe.
O outro tipo de evolução é o mais amplo. Quando, a partir destas
observações iniciais (que foram as que Darwin pôde comprovar),
tiram-se conclusões que não puderam nem podem ser observadas, nem
comprovadas. Esse tipo de evolução diz que uma espécie, após
milhões de anos de adaptações se transforma em outra espécie.
Aqui começam os problemas. Primeiro porque isso começa a gerar uma
série de perguntas. Aquelas do tipo: se o homem veio de um primata,
de onde veio esse? E o seu ancestral? E o primeiro ser vivo, de onde
veio? E a matéria no universo, que teria dado origem a tudo, veio de
onde? E assim a pergunta prossegue, chegando ao big bang, quando,
todos os cientistas concordam, ninguém é capaz de dizer qual teria
sido a origem do material que originou o big bang. Neste ponto, até
os mais céticos acabam cedendo à possibilidade de um criador, que
teria fornecido o material inicial para o big bang. Então, por que
não admitir a participação deste criador no restante do processo?
Vejam que a questão não é científica. Também o fato da demora de
milhões de anos para estas transformações tornam sua observação
e consequente comprovação impossíveis. Outra questão da evolução
que sugere a criação de novas espécies a partir de outras é a
total falta de elementos de transição. Nunca se acharam fósseis de
seres que comprovem as alterações graduais. Aliás, quando se fala
em fósseis, temos algumas poucas dúzias deles. E, com base nestes
poucos fósseis, os cientistas chegam a conclusões de novos tipos de
humanos (neandertal, cro magnon etc etc.) baseados em apenas 1 ou 2
indivíduos encontrados em cada grupo. E com essa pouca amostragem,
chegam a dizer que são grupos diferentes, de épocas de evolução
do ser humano. Mas e se esses exemplares encontrados pertenceram a
pessoas (indivíduos) com doenças? Se alguém encontrasse hoje um
fóssil de um humano que teve aquela doença “cara de leão”, ou
o fóssil de um pigmeu, de um anão etc. Será que não concluíriam
que era um outro tipo de ser humano, na escala evolutiva, apenas por
diferenças de características anatômicas?
Nenhuma experiência científica conseguiu, até hoje, criar vida a
partir de elementos sem vida. O máximo que se conseguiu foi
transformar compostos inorgânicos em orgânicos. E isso, com muito
esforço e manipulação humana. Não ao acaso. Apenas com a
participação de seres humanos inteligentes. Mas isso não foi a
criação de um ser vivo. Aminoácidos são compostos orgânicos. Mas
não são seres vivos. Não são células, unidade básica de um ser
vivo.
Nenhuma experiência científica foi capaz de transmutar uma espécie
em outra. Fazer surgir um lagarto a partir de outro ser por exemplo.
Que tenha comprovação de o DNA de um descendente indicar ser uma
espécie diferente da original.
Para ser ciência e uma ideia ser considerada uma teoria comprovada,
precisa passar por reiteradas experiências. Em todas as
experiências, feitas sob as mesmas condições, é necessários que
os resultados sejam os mesmos. Por exemplo, eu posso afirmar que
papel pega fogo porque em qualquer lugar do mundo, em qualquer época,
se eu pegar um pouco de papel e colocar fogo nele, ele irá se
consumir. Todas as vezes. Então isso é um simples fato, mas que tem
uma comprovação científica. Nas mesmas condições (papel seco,
presença de fogo etc.), o resultado será sempre o mesmo. O mesmo
para aquela lei dos corpos em queda, que diz que uma bola de boliche
e uma pena, se soltas de uma mesma altura, num vácuo, chegariam ao
chão ao mesmo tempo. Galileu afirmou isso e testou na torre de Piza,
jogando objetos de diferentes tamanhos, os quais chegaram ao chão ao
mesmo tempo. Newton e Einstein comprovaram sua teoria. Recentemente,
com a tecnologia para se criar uma câmara de vácuo, comprovou-se
mais ainda esta teoria, quando foram jogadas do alto, de dentro desta
câmara, uma pena e uma bola de boliche. As duas chegaram ao chão
exatamente no mesmo momento. Houve comprovação por experimentos,
cada vez mais precisos, para tornar esta ideia de Galileu numa teoria
comprovada e numa lei da física.
Então, mesmo que alguém um dia consiga fazer uma espécie se
transformar em “outra”, ainda será necessário que essa mesma
experiência possa ser repetida outras vezes, sob as mesmas
condições, para comprovar o ocorrido. Isso para afastar a
possibilidade de que a alteração tenha ocorrido por alguma anomalia
específica do momento.
O primeiro tipo de evolução, que foi a que Darwin deu atenção,
não tem problema algum para cristãos ou qualquer outro grupo. É
algo perceptível e aceitável. Comprovado por observações.
Já o segundo tipo de evolução (mudança de uma espécie em outra,
chegando ao “surgimento” do ser humano, descendente de algum
primata), não é possível, não tem comprovação por experimentos
(o que tornaria essa ideia comprovadamente uma teoria, uma lei
científica) e tem motivações totalmente morais, religiosas e
ideológicas. E foram essas motivações que fizeram com que essa
teoria atingisse o nível que conhecemos hoje, no mundo.
Mas vamos explicar esse outro lado agora.
Primeiro temos que ter uma pequena noção da época e dos eventos
históricos que ocorriam na época do surgimento destas teorias
(Lamarck, Darwin, Pasteur, Mendel e tantos outros). Na virada do
século XVIII (entre 1789 e 1799), ocorria a Revolução Francesa,
com suas ideias de liberdade, igualdade e fraternidade. Com o
Renascimento e depois o Iluminismo, que culminou na Revolução
Francesa, o homen aos poucos foi buscando sua separação da igreja
(católica) e dos seus dogmas, a fim de poder viver mais livremente.
A própria Reforma protestante trouxe grande gás a esse período. Na
Idade Média, também conhecida como idade das trevas, a sociedade
foi marcada pelo abuso da igreja católica, que forçava seu dogma
sobre as pessoas como meio de dominação, para que seus clérigos
pudessem usufruir dos benefícios do poder. Galileu Galilei foi uma
das últimas vítimas da força da igreja sobre a ciência. Por
motivos igualmente ideológicos, a igreja não queria que a terra
(criação de Deus) fosse “renegada” à categoria de corpo
celeste secundário, colocando o sol no centro. Todas as observações
e comprovações científicas provavam ser o sol o centro. Mas
Galileu, que também comprovou isso, não quis bater de frente nesta
questão, pois a igreja, com seus dogmas, determinava ainda o que era
verdade ou não, baseado naquilo que acreditava ser necessário
sustentar para validar suas crenças.
Mas Galileu ainda estava no final da fase em que a igreja tinha essa
força. Ele viveu no início do Renascimento, quando a ciência
começa a clamar por suas convicções. A Igreja, já não tão
forte, primeiro pela queda do Império Romano (1453), que tirou boa
parte de suas forças, depois pela Reforma Protestante (1517), que
abalou ainda mais suas bases e pouco depois ainda pelo movimento dos
anabatistas e os chamados radicais (1700), que pregavam a insistente
separação entre igreja e estado, foram aos poucos tirando esse
poder temporal das mãos da igreja católica. Só lembrando, até
então a igreja detinha o poder espiritual e o temporal. Ela é que
mandava nos líderes, nos reis. Os bispos determinavam o que os reis
fariam. Concomitante a isso, a ciência voltava a evoluir. A Reforma
protestante pregava a busca do conhecimento como um dos fatores de
liberdade humana, para não depender dos dogmas impostos pelo clero.
Pregou que o ser humano deveria ler a bíblia por si mesmo (não
ouvir por parte dos padres e sacerdotes), deveria estudar (o
protestantismo inseriu o conceito de escola pública, oferecida a
todos) e buscar o conhecimento geral por si próprio. Nesta mesma
época, houve a invenção da imprensa de Guttemberg (1439) que
possibilitava a disseminação das ideias tanto teológicas,
filosóficas, científicas, promovendo o crescimento em todas essas
áreas. As produções científicas e filosóficas ganharam grande
força. Leonardo da Vinci é outro dos grandes expoentes desta fase
(1452-1519).
O que tudo isso tem a ver com a evolução?
Todo esse processo ocorrendo, as pessoas buscavam se livrar daquele
domínio religioso imposto pela igreja católica durante a idade
média e agora minado por todos os lados. As pessoas queriam se
livrar dessa prisão, que as mantinha ignorantes e presas ao
misticismo do clero, que o impunha para dominar a população. O
objetivo era o de sempre. Se todos soubessem que nem tudo o que eles
diziam era verdade, não se submeteriam aos abusos do poder da
igreja. Ainda hoje é assim. A educação e o conhecimento libertam,
parafraseando a Bíblia, que diz que a verdade liberta.
Agora, depois de tantas descobertas científicas, do avanço do
conhecimento que já havia deixado para trás o domínio baseado em
dogmas e do momento da busca por liberdade, fraternidade e igualdade,
o homem deseja se livrar do domínio de Deus. Quer decidir a própria
vida. Quer escolher seu próprio caminho e não mais se submeter a um
ser dominador.
Veja, Deus não tem nada contra a busca do conhecimento e a ciência.
Ele mesmo criou a natureza com todos os seus recursos para serem
explorados (apenas que o sejam de forma sustentável, para não
destruir tudo). Deus não é contra a biologia, física, medicina,
filosofia ou qualquer outro conhecimento humano. A própria Bíblia
orienta a buscarmos o conhecimento e a sabedoria com tudo o que temos
de mais precioso.
Quem não queria que todos buscassem o conhecimento eram os líderes
religiosos, que se afastaram da verdade de Deus e usavam sua posição
de supostos “representantes” de Deus para dominarem as pessoas.
Para isso, precisavam manter as pessoas na ignorância. Toda
dominação, para ser exercida, precisa manter os dominados na
ignorância. Deus não é contra o conhecimento. Pelo contrário, ele
incentiva isso de várias formas. Os falsos homens de Deus
dominadores é que são. Até hoje.
Confundiram o domínio que o clero católico impingiu, baseado em sua
suposta autoridade de representante de Deus. O que vale a pena
esclarecer aqui é que a autoridade vinda de Deus é dada a quem tem
uma vida reta e exemplar, segundo os parâmetros divinos, não a quem
simplesmente tem uma posição ou um cargo eclesiástico. A grande
imoralidade dos líderes da igreja nesta época foi um dos principais
motivos para sua queda de influência. O que confere autoridade é a
moralidade (a verdadeira, não a hipócrita) e não o contrário.
Pelo péssimo exemplo de uso (e abuso) de autoridade da igreja
católica, é perfeitamente normal que as pessoas quisessem se livrar
de toda essa autoridade. E muito compreensível que estendessem para
Deus a lógica de que Ele também é um tipo de déspota. A lógica
vinha do exemplo da igreja católica durante séculos.
Então, nesse momento, para viver a liberdade tão sonhada e pela
qual lutavam (Revolução Francesa, inclusive) o ser humano estava
ávido por poder dizer que era dono de seu próprio nariz. Para poder
fazer as coisas da forma que quisesse. Até então, Deus era o Senhor
e dominador, ao qual devemos prestar contas de nossos atos. Até
hoje, eu e tantos outros cristãos creem assim. Prestar contas da
vida a Deus. Mas ter de prestar a um ser superior limita a liberdade,
segundo alguns.
A lógica é a seguinte: Se foi Deus que criou o mundo, o homem e
todas as coisas que existem, então como criador, Ele tem o direito
de estabelecer as regras e cobrar pelo seu cumprimento. Mas se não
existe um criador, se tudo o que temos aqui é fruto do acaso, então
o ser humano se vê livre de prestar contas. A presença de um
criador define quem estabelece a moralidade, quem estabelece as
regras, quem as cobra.
Então, quando a ideia da evolução trouxe uma possível explicação
para a criação do mundo sem a participação de Deus, mesmo que
cientificamente ainda não tivessem provas, muitos desejaram divulgar
e disseminar essa ideia como alternativa à versão bíblica.
A teoria da evolução encontrou eco inlusive entre aqueles que
desejavam justificar seu domínio. Queriam tirar o domínio da
igreja, mas trazer para si o domínio (algo como a ditadura do
proletariado). A questão não é se tem um domínio de uns homens
sobre os outros. A questão é quem domina. Mas se existe um Deus,
então Ele é o único dominador. Não os homens, uns aos outros. Eu
posso aceitar a dominação de Deus, um ser perfeito, todo poderoso,
feita com amor. Não posso aceitar a dominação de outro ser humano,
tão falho quanto eu, não importa a posição que ocupe. Posso
aceitar a liderança de outro ser humano. Não a dominação.
Mas nesta época, para estes pensadores que desejavam tomar as rédeas
do próprio destino, era essencial definir e estabelecer que não
existe um Deus criador. O Criador é dono de tudo e tem o direito ao
domínio, pelo fato de ser o criador. E a teoria da evolução caiu
como uma luva para estes. Ter uma alternativa para explicar a Bíblia
era tudo o que precisavam naquele momento. E sequer esperaram por
comprovações. Apenas alguém publicou suas ideias, e já foram
disseminadas, valorizadas. A Bíblia e a história da criação
passou a ser tratada como um mito, uma lenda. Eles dizem que são
ignorantes quem acreditam neste tipo de conto. Mas a teoria da
evolução ainda está na mesma categoria. Aquela evolução de
criação de novas espécies. Ainda é um conto. Não tem
comprovação. Ninguém conseguiu ainda realizar experimentos
repetidos para gerar vida, transformar um ser em outro etc. E muitos
já tentaram. Muito já foi feito de experiências neste sentido.
Nada aconteceu.
E não acontecerá.
Simplesmente porque Deus nos deu a natureza e a criação para
explorar, mas também nos deu limites. Aquilo que compete a ele, não
será permitido ao homem realizar. O ser humano já tem uma vasta
área de atuação para tomar seu tempo.
O fato da teoria da evolução ter sido tão difundida é, na
verdade, uma campanha de marketing, para fazer pensar que a bíblia é
um conto, um mito, uma lenda e a teoria da evolução é ciência.
Mas não é. No estágio atual, a teoria da evolução que preconiza
a geração de novas espécies também é um conto, uma lenda. E isso
tem sido repetido à exaustão para fazer tentar passar uma mentira
como verdade, para satisfazer esse interesse da independência e
liberdade humana.
Desnecessário.
O Deus de amor que criou tudo isso para nós também coloca as regras
para nossa própria proteção e preservação. Ele existe. Ele criou
tudo. Por isso eu devo obediência a Ele, às suas regras. E vou
prestar contas disso tudo um dia. Como o versículo de Apocalipse,
que diz que chegou a hora dos homens que destroem a terra serem
destruídos. Mas isso não é uma questão científica. É uma
questão de fé.
se gostou deste, compartilhe clicando abaixo
e clique em “seguir” ao lado para acompanhar novas publicações.
___________________________________________
um novo artigo por mês, neste blog
veja outros trabalhos meus, no meu site:
http://lupasoft.com.br/LucasDurigon/
e clique em “seguir” ao lado para acompanhar novas publicações.
___________________________________________
um novo artigo por mês, neste blog
veja outros trabalhos meus, no meu site:
http://lupasoft.com.br/LucasDurigon/
Nenhum comentário:
Postar um comentário