segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Independência e Vida!!

Dom Pedro gritou Independência ou Morte!
Nós precisamos fazer valer a verdade de que
a independência gera vida.
Precisamos ainda lutar por essa vida
e uma verdadeira independência.



Aprendemos na escola que Dom Pedro I, príncipe regente, português, filho de Dom João VI, tendo vindo para o Brasil com sua família, gritou às margens do Rio Ipiranga em São Paulo (hoje capital do Estado): “Independência ou Morte!”. Bem, com esta frase, ele estava deixando claro que se dispunha a lutar até a morte pela Independência do Brasil.

Nos Estados Unidos, quase todos os países da África e Ásia e muitos outros lugares, a luta para se tornar independente do país dominante (metrópole) realmente gerou mortes (muitas mortes). No tempo que o Brasil foi descoberto, Portugal e Espanha, países católicos, com um povo acolhedor (como são os latinos) e de pouca tradição bélica dominavam as navegações e grande parte do comércio. Portugal dominou o Brasil (sua principal colônia) e alguns países africanos, tendo por isso mesmo facilidades para ganhar muito dinheiro no tráfico negreiro. A Espanha dominou o restante da América Latina, dividida (diferentemente do Brasil) em vários países. Por outro lado, França e Inglaterra (além da Holanda, em parte) também buscaram terras para dominar. Assim, EUA e Canadá se tornaram colônias desses países europeus, assim como muitos outros africanos e asiáticos. Bem, mas de todos esses casos, a maior parte precisou lutar até a morte pela sua Independência.

Mas no Brasil, foi diferente. Para começar a se tornar notória nossa tradição pacifista e pouca tradição bélica (dou graças a Deus por isso), quando D. Pedro I deu o grito da independência, não se levantaram exércitos da metrópole nem irrompeu alguma revolta interna. Ele talvez estivesse disposto a dar a vida, mas talvez soubesse de antemão que isso não seria necessário. E assim, olhando hoje para a história e vendo a história na qual estamos inseridos, fico pensando se não houve luta porque talvez ninguém tivesse levado a sério o nosso amigo D. Pedro. Talvez a metrópole (mesmo que estivesse enfraquecida) tivesse olhado para a sua atitude sem dar muito crédito. Talvez ninguém acreditasse que ele levaria aquilo adiante. Talvez alguém tivesse dito: “é da boca pra fora” ou “é conversa fiada”. E vemos, hoje que o Brasil não está realmente independente. Governantes, metrópole, povo, trabalhadores, nativos e estrangeiros: a maioria não acredita que somos independentes. Uma boa parcela de cada um destes grupos não acredita que nos tornamos adultos (como país) e autossuficientes. Talvez sejamos como aquele filho jovem que o pai e a mãe não percebem que já cresceu, já faz as barbas, já se veste sozinho e continua a ter o pai e a mãe como babás e fiscais de suas atitudes. Talvez nos considerem assim, mesmo que queiramos ser independentes.

Por que, tendo reservas naturais e fontes alimentícias tão abundantes, vemos muitos passando fome? Por que precisamos depender de mais empréstimos, a cada dia, de países e organismos estrangeiros, como se não pudéssemos nos sustentar com nosso trabalho? Por que precisamos aceitar imposições? Por que quando vamos ao shopping, ao supermercado ou outro lugar qualquer, valorizamos o produto importado e não contribuímos para gerar emprego dentro de nosso próprio país?

Me pergunto se estamos realmente independentes. Talvez falte um sentimento de ser brasileiro. De olhar com orgulho para o lugar onde nascemos e dizer: este é o melhor país do mundo para se viver. Talvez falte perceber que, além de sermos o 5º maior país em extensão territorial, de termos a maior reserva de água potável do planeta, somos também uma das 10 maiores economias (apesar da má distribuição de renda) do mundo. Demos ao mundo o avião, a fibra ótica e muitos outros benefícios. Temos a maior floresta tropical do mundo, o melhor futebol e vôlei e estamos entre os melhores em muitos outros esportes, apesar de termos um dos povos mais criativos do mundo e não termos o péssimo hábito de sair matando gente mundo afora.

Precisamos caminhar pelas próprias pernas. Ter orgulho de sermos brasileiros e parar de ficar pedindo dinheiro emprestado aos outros. Precisamos viver por nós.


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