sábado, 19 de agosto de 2017

Quanto vale o voto ?

 A democracia iguala a todos. Em pelo menos um momento (a eleição), temos todos o mesmo poder. O voto de alguém pobre na periferia tem o mesmo valor do voto de um empresário, senador ou milionário. Todos têm direito a 1 voto, com o mesmo valor. Certo? Nem tanto.
Será que o voto de alguém esclarecido, politizado, que dá seu voto conscientemente por convicção e não em troca de favores vale o mesmo do que aquele que vende ou anula o voto? Na ação efetiva do voto, o resultado e a força são os mesmos?! Ou seja, ambos serão contados da mesma forma, mas um foi dado em troca de um favor e outro foi usado como exercício de cidadania, na construção da democracia.
Cheguei mesmo a ouvir certa vez de um teólogo que não é justo que o voto de um filósofo, por exemplo, tenha o mesmo peso do voto de alguém que é semi-analfabeto. E é justo?
Creio que não é justo, mas também não acho que o peso é igual. Exceto por omissão daquele que é mais esclarecido. Embora, na urna, o voto tenha o mesmo peso no momento da contagem, no processo de escolha antes das eleições, aquele que é politizado e mais informado tem uma influência muito maior do que alguém que não tem informações suficientes para escolha.
Por exemplo: um professor de faculdade exerce influência sobre seus alunos em vários aspectos, inclusive no político. Um líder religioso (pastor ou padre, por exemplo) tem influência sobre os fiéis, assim como um líder de bairro, um empresário, um artista ou qualquer pessoa que exerça influência sobre outros. Dessa forma, o voto deste vale mais: vale o dele e o de outros que por ele foram influenciados, mesmo que votem em candidatos diferentes!
E tem de ser assim!
A influência precisa ser exercida. Nem sempre na indicação de um candidato específico. É preciso que os “formadores de opinião” possam influenciar as pessoas na forma de votar, na maneira e nos critérios utilizados para a votação. Votar consciente, com objetivo e honestidade. E assim não mais veremos votos vendidos por R$ 50,00 ou por uma cesta básica. Muito menos vendidos por promessas. É preciso que se divulgue a idéia de que o voto é algo realmente importante, para ser usado com consciência, aprovando ou desaprovando um candidato. Por exemplo, se estamos cansados de corrupção, não podemos dar o voto a alguém que tem atitude corrupta, corroborando suas atitudes.
Vamos influenciar o voto uns dos outros. E deixar que cada um escolha seu candidato!


sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Quem é culpado?

Quem é culpado pela morte do garoto João, do Rio de Janeiro? 
O Congresso Brasileiro é culpado. Deveria ser julgado por homicídio. Quando os ataques do PCC atingiram São Paulo, vieram à televisão: “vamos ser mais rígidos”, “vamos reformular as leis”, “vamos ser mais enérgicos”, “vamos blá blá blá blá blá”. 
Mas era ano de eleição. 
As eleições se foram. Muitos daqueles deputados também. Outros chegaram. Mas não precisam mais de votos. Pelos menos agora, não.
E agora, uma criança, começando a vida escolar, começando a descobrir o mundo, foi vítima do Congresso. Não foi vítima de 5 jovens-sem-coração. 
João foi vítima da incompetência e incapacidade do Congresso Nacional, e do executivo. Eles mataram uma criança quando deixaram de agir, fiscalizando e reformulando o sistema penal brasileiro, necessidade real e urgente, para discutir se o aumento deles seria de 92%. 
Eles (todos eles) são assassinos, que mataram o João, o Pedro, a Maria, o Antonio e tantos outros que a cada dia morrem, por causa da falta de atitude daqueles que seriam responsáveis por fazer alguma coisa. São pagos para fazer alguma coisa. Bem pagos. Mas são incompetentes. E culpados. Culpados pela passividade.
Porque preferiram cumprir seus “horários de trabalho” para discutir quem será seu novo presidente da Câmara. Preferiram discutir quanto mais poderão “esfolar” do brasileiro, tanto metaforicamente quanto literalmente. Porque quando o João morreu, morreu porque os nossos líderes fizeram nada. Pelo menos nada de útil.


Dia dos Pais

Hoje eu acordei pensando nos pais. Não somente em mim, mas no geral.
Que privilégio e que aventura indescritível é tornar-se pai. Não tem rally no sertão, expedição na selva ou viagem ao espaço que seja uma aventura que faça frente à aventura de ser pai.
Não pai de RG, falo dos #PaisDeVerdade.
Quantos abrem mão deste privilégio quando abandonam suas companheiras e seus filhos, acovardados e com medo da responsabilidade. Esses não são pais. Não merecem um parabéns hoje. Mas eu tenho dó destes, que desperdiçam a oportunidade de ver crescer alguém que ajudaram a gerar. Tenho pena da covardia deles. São uns coitados, que se verão no dia do juízo, respondendo pela sua covardia.
Ser pai, por mais difícil e desafiador que seja, contém privilégios que excedem em muito as dificuldades.

Parabéns hoje a todos os #PaisDeVerdade que assumem sua posição, que praticam a paternidade, realizando seu papel perante seus filhos. No meu caso duas meninas lindas.

Parabéns aos pais que ainda não conheceram seus filhos, mas os esperam ansiosamente. Espero que usem os 9 meses para refletir bem sobre o que virá pela frente. Uma mudança de vida radical. Não esperem que um presente bonito e caro substitua sua presença e abraço no seu filho. Se um dia tiver de escolher entre abraço e presente, escolha o abraço. Seja pai.

Parabéns a todos os pais que batalham para sustentar suas casas, mas não abrem mão da integridade, da honestidade, do trabalho árduo como maneira de cumprir seu papel.

Parabéns a todos os que fazem o duplo papel de pai e mãe.

Parabéns aos pais de filhos especiais, que dedicam mais ainda, para cuidarem de seus filhos grandes como se ainda fossem crianças, porque a circunstância exige.

Parabéns.
Feliz dia dos Pais a TODOS os #PaisDeVerdade.

Mas só pra esses mesmo. Para os outros não.