segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Eleições 2018 - O Melhor para o Brasil, e não para mim


Quando formos escolher, não apenas o presidente, mas os deputados federais, os estaduais de uma forma especial, os senadores e governadores, é necessário entendermos que o que deve nortear nossa escolha não deve ser, jamais, o possível benefício pessoal que esse governante possa trazer para mim ou para o grupo ao qual eu pertenço, se isso significar prejuízo de outros.
A famosa venda de votos, quando alguém troca uma “dentadura” ou cesta básica (ou bolsa família) por votos, é uma maneira de votar pensando no benefício próprio. O mais cruel disso tudo é que, no caso de necessidades básicas (comida, água em terras áridas etc.), muitos governantes fazem de tudo para manter as pessoas com as mesmas necessidades, impedindo-as de avançar em direção a um progresso pessoal, para que, estando elas numa situação de fragilidade social, possam sempre ser controladas pelas mesmas promessas ou mesmo que se cumpram com tal promessa, mas mantendo-as nesta mesma situação de fragilidade, anos a fio, a fim de poder continuar usando as mesmas pessoas como eleitores escravos, que mantém uma necessidade (enquanto poderiam vencer esta dificuldade) para continuar pedindo votos.
Mas a pessoa que dá o seu voto em troca de um benefício particular ou para seu pequeno grupo (com o devido desconto a essas pessoas em situação de extrema fragilidade), sem pensar no “bem maior”, ou no benefício do país como um todo, está colaborando para a piora do país. Embora eu defenda a ideia de que devemos votar naquele cadidato que está de acordo com o que pensamos, essas mesmas ideias não podem ser benéficas apenas para poucos, se muitos forem prejudicados para que elas se tornem realidade. Então, neste caso, talvez primeiro eu tenha que mudar minha forma de pensar para depois me alinhar a algum candidato que pense mais no país, como um todo.
Seu eu votar em alguém apenas porque medeu alguma coisa, então além de cometer crime eleitoral de venda de votos, então sou também parte do problema e não da solução. Mas se eu votar em alguém que defende algo bom para o Brasil, mesmo que isso exija de mim alguns sacrifícios, ou me traga algum prejuízo pessoal, ainda que traga benefícios para todos, então aí sim estarei escolhendo para um bem maior que, com certeza, a longo prazo, voltará para mim em benefício, porque todos serão beneficiados.
Vamos votar não apenas pensando em nós mesmos, mas nos nossos filhos e netos.



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segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Eleições 2018 - Responsabilidade ao fazer e cumprir as leis


De todas as características que um governante deve ter, considerando honestidade, integridade, competência e tantas outras talvez, no exercício do poder enquanto representante de 207 milhões de brasileiros, a mais importante seja a RESPONSABILIDADE. Em todos os sentidos. Executar a tarefa com noção clara do que está fazendo. A competência é pré requisito para exercer com responsabilidade, porque não há como ser responsável se não souber sequer o que se espera dele e como deve exercer a tarefa que lhe foi designado.
A honestidade é a irmã gêmea da responsabilidade. E a integridade é a responsabilidade a longo prazo. Mas é necessário que quem ocupa um cargo representativo de outras tantas pessoas, saiba e tenha noção da responsabilidade que é responder por aquelas tantas pessoas.
Quem estará no cargo precisa entender que não pode fazer as coisas do jeito que quer, mas responde a milhões de cidadãos-eleitores que os colocou ali. Essa noção de que deve uma resposta é a responsabilidade. A noção de que governa para todos e não para si mesmo, seus parentes e amigos ou para pequenos grupos.
A responsabilidade irá fazer com que os congressistas não criem leis em benefício de pequenos grupos, os quais pagam ou pressionam para que assim o façam, enquanto estas mesmas leis prejudicam outros tantos país afora. Neste contexto, ficar inventando leis de pagamento de benefícios para pequenos grupos precisa ser pensada no fato de que o dinheiro deverá ser tirado de outros tantos para pagar esta conta. Criar uma lei assim, sem o devido respaldo monetário, sem ser pensada corretamente, é uma grande irresponsabilidade. No Brasil, muitas leis já foram criadas dessa forma, apenas para satisfazer a vontade de alguns, em algum momento, sem pensar nas consequências. Muitos irresponsáveis já criaram leis com o fim de agradar pequenos grupos dispostos a exercer pressão para ter seus “benefícios” em detrimento de outros. Muita irresponsabilidade já foi feita nesse Brasil.
A responsabilidade de um governador não irá permiti-lo fazer obras e mais obras sem olhar o caixa disponível, sem planejamento correto, colocando seu estado em dívidas que o impeçam, no futuro, de garantir que tudo continue funcionando. Rio de Janeiro que o diga. São Paulo já passou por isso também. Já tivemos governadores que aqui passaram, cujo lema era “rouba mas faz” que, além de roubar, ainda deixou dívidas para o estado. Já tivemos governador passando mais da metade de um mandato só pagando dívidas de governador anterior. Bendita lei da responsabilidade fiscal, que não permite que se gaste além da conta. Cada um gasta o que pode pagar. Parece meio básico. É questão de responsabilidade, mas nem todos estão dispostos a cumprir.
Candidato que faz promessas mirabolantes, que não têm dinheiro para pagar, pode ter certeza: ou não vão cumprir, ou irão desfalcar alguma área para agradar os pequenos grupos com quem tem alguma dívida. Ou seja, devemos ouvir as propostas e procurar saber de onde virá o dinheiro para cumpri-la. Só quem tem essa seriedade, pode ser considerado responsável para governar um país, um estado, para criar leis. Parlamentares que criam leis sem saber como poderão pagar por elas são irresponsáveis. Não devem ser eleitos.
Vamos eleger candidatos responsáveis e exigir essa responsabilidade no cumprimento do seu mandato. Será um ponto crucial para melhorar o Brasil.



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segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Eleições 2018 - Vamos escolher direito


Não existe salvador da Pátria. Nenhum presidente irá resolver tudo. E nós, o povo, somos parte da solução. Temos de participar junto para resolver, pouco a pouco, o que precisa ser resolvido. Mas alguém será escolhido próximo dia 7 de outubro. Precisamos aprender a escolher de forma mais objetiva, mais criteriosa.
Uma característica muito importante desta eleição é a ausência dos marketeiros. Aqueles que nas últimas eleições, como magos do ilusionismo, e em troca de muito dinheiro vindo (agora sabemos) de desvios de verbas, transformavam pinguços em verdadeiros heróis. Marketeiros que como mágicos preocupavam-se com a imagem a ser transmitida para o público, sem se preocuparem tanto com a verdade que sustenta a imagem. E, quando mais recentemente, a verdade veio à tona, a imagem ruiu.
Mas nestas eleições não vemos tanto os marketeiros. Os candidatos, embora não tão bonitos, soam mais autênticos. Pelo menos naquilo que são. Ninguém se preocupando em ganhar imagem com ternos bonitos ou discursos ensaiados. Nem maquiando dados e informações, como já ocorreu no passado.
Precisamos mais disso. Ao escolher candidatos, precisamos ter alguns critérios, algumas ideias concretas e objetivas que nos direcionem nas escolhas. As emoções que são manipuladas muito bem pelos candidatos orientados pelos marketeiros não devem direcionar nossas escolhas. As frases ensaiadas, de fundo emocional, não devem ser usadas para determinar nossas escolhas.
Autenticidade deve ser uma das características que deveríamos buscar para o próximo presidente, deputado, governador. Ainda que não seja o que queremos, desde que, pelo menos, ele seja realmente o que diz e mostra que é, não apenas uma imagem que deseja passar. Isso já ajuda muito.
Honestidade pode ser medida pela história de vida do candidato, seja vida pública ou privada. E é uma característica essencial e indispensável. Por favor, brasileiros, NÃO VOTEM, EM HIPÓTESE NENHUMA, em quem é condenado, denunciado, investigado, suspeito etc. Ah, alguns dirão, mas ele ainda não foi condenado. Ok, então que ele tenha tempo para se dedicar a se defender e rever em sua conduta que tipos de atitudes o levaram a ser suspeito. Se não é culpado, será que não foi omisso, cúmplice ou incompetente o suficiente para parecer culpado. Que se dedique a gastar os próximos 4 anos corrigindo as próprias atitudes que o colocaram sob suspeita, e não ganhando um um salário do nosso dinheiro, ocupando um cargo que não terá plena condições de exercer, por causa das suspeitas que pairam sobre sua cabeça. Alguém honesto é necessário.
Competente também é uma necessidade para um servidor público. E principalmente para reunir e gerir uma equipe de trabalho que possa ajudar o Brasil nos próximos passos. Não precisa ser alguém que saiba tudo. Isso não é possível. Nem perfeito. Sendo um ser humano, vai cometer erros, com certeza. Mas alguém que saiba o suficiente e trabalhe de forma correta e também saiba reconhecer seus limites para pedir auxílio e seus erros para corrigi-los. Mas, acima de tudo, no que se refere à competência, que busque sempre aprender e superar os próprios limites.
Histórico ilibado na política e vida social. De novo, não dá para exigir perfeição. Mas, ao olhar para o histórico, se percebermos algum erro, que seja isolado. Aquelas pessoas que cometem erros recursivos, repetidos, do mesmo tipo de forma constante e insistente não podem chegar agora e falar que vão mudar tudo de uma hora para hora. Erros todos cometemos. Mas a virtude está em reconhece-los e corrigi-los. Uma história com a presença constante dos mesmos erros, ao longo dos anos, não pode ser aceita atualmente.
Vamos ter alguns critérios claros na hora de votar e fazer isso da forma correta.



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segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Eleições 2018 - Não existe salvador da Pátria


Este é uma mania do povo. Das pessoas. Do povo brasileiro. Achar que existe alguém que poderá, como num passe de mágica, resolver todos os problemas. Esse seria apenas Deus. Mas entre nós, dentre os mortais, não há alguém assim. Mas o povo insiste em terceirizar suas responsabilidades e, quando as coisas ficam difíceis acabam por tentar encontrar, às vezes desesperadamente, alguém que possa salvá-los de suas próprias escolhas. De novo, tentando dar para alguém a posição que somente Deus poderia ocupar. Mas o povo insiste.
Estamos próximos das eleições presidenciais. Depois de 30 anos de redemocratização, 2 impeachments, sendo o mais recente da última presidente que havia sido eleita, nas últimas eleições, depois do plano real e de vencer a inflação, depois da internet e do advento das redes sociais, depois de termos 1 copa e 1 olimpíadas realizadas aqui num intervalo de 2 anos, depois da prisão de muitos medalhões da política e empresários, teremos mais uma eleição presidencial.
Passamos, como brasileiros, por muitas coisas neste tempo. Aprendemos muito. Mas ainda temos muito que aprender. Principalmente o fato de que não devíamos votar com aquela esperança de que estaremos escolhendo alguém que vai resolver tudo. De que finalmente encontramos o salvador da Pátria. Isso não existe. Não encontraremos jamais alguém assim, porque não existe. Mas já deveríamos ter crescido o suficiente para entender que não deveria ser esse o objetivo de um presidente. O Brasil é um país com muitos problemas. Talvez o principal deles seja a forma de pensar do povo, como um todo. E por causa de tantos problemas, muitos procuram alguém que dê um jeito nestes problemas.
Mas o máximo que um presidente consegue fazer, se for muito competente e bom, é manter as coisas em ordem e melhorar 1 ou 2 características importantes no Brasil. Como fez Itamar Franco com o Plano Real (o ministro da fazenda da época era o Fernando Henrique, que deu continuidade ao plano quando foi eleito). Ou como fez o próprio Collor com a abertura de mercado. Ou o Lula, com a solidificação dos projetos sociais. Cada um dando sua contribuição em alguma área. O que não isentou nenhum deles de seus erros. Como Collor com as manipulações e corrupção, Fernando Henrique com a recessão, Lulla com a compra do Congresso. E claro, estou sendo muito conciso em tudo isso. A lista é muito longa pra falar tudo aqui.
Nosso próximo presidente, os próximos congressistas, governadores precisam ser competentes. Precisam ter boas características. Mas não serão a solução para tudo. Se pelos próximos 4 anos conseguirem resolver definitivamente alguns dos problemas, já será ótimo.
Não vamos esperar que salvem o Brasil. Mas, nem por isso, vamos também ignorar a importância disso e escolher “qualquer um”. Vamos escolher direito.



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