segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Por mais educação Moral e tantas outras

 

Algumas vezes, em virtude de problemas de comportamento com jovens e adolescentes, algumas pessoas sugerem, por exemplo, que se coloque aulas de religião obrigatórias nas escolas. Sem rodeios, digo que sou contra, e sou pastor protestante. Acho que a religião a seguir é uma destas decisões que não podem ser feitas por procuração, não podem ser forçadas, não pode ser induzida. Cada pessoa precisa decidir por si.

Seria muito bom que, se a pessoa tem dúvidas, e os pais ou círculo de pessoas próximas (parentes e amigos) não lhe deram informações suficientes para uma decisão, então seria bom que esta pessoa procurasse se informar, de forma séria, consultando seu coração e pesquisando, com um intenso desejo de descobrir o caminho certo, de encontrar-se e encontrar ao próximo, encontrar a Deus. Mas não deve ser influenciada de forma tendenciosa. A decisão final deve ser espontânea e consciente. Então, sou contra aulas de religião em escolas. Religião precisa ser buscada, por quem se interesse, em igrejas, em locais especializados na religião.

Mas com relação às escolas, acho que existe sim um auxílio que esta pode dar. Há alguns anos atrás, eu estudei, na escola, uma matéria chamada EMC (Educação Moral e Cívica). Desde a 4ª série do ensino fundamental até o 1º ano do ensino médio, tive aulas de EMC. Estranho, enquanto eu estava estudando esta matéria, não entendia o que se aprenderia numa aula, de uma matéria chamada “Educação Moral e Cívica”. Eu não tinha a menor ideia do que era moral, nem do que era civismo (e nenhum professor desta matéria tampouco me explicou isso ao longo dos 6 anos em que estudei essa matéria, o que é surpreendente).

Hoje, eu não posso dizer que sei, mas posso dizer que arrisco um entendimento de Moral e de Civismo. Talvez todos possam se arriscar a ter um entendimento melhor, muito mais em virtude de tudo o que temos visto, lido nos noticiários.

Tendo um entendimento melhor do que é Moral e do que é Civismo, surgiu-me outra dúvida. O que será que pensavam os didatas que preparavam o currículo desta matéria, ao incluírem aulas sobre as guerras do Paraguai e sobre a Inconfidência Mineira, sobre a Revolução Paulista e sobre nomes, generais, heróis, siglas etc. etc. etc.

Qual seria, para esses didatas, o conceito de “civismo” e de “moral” ao incluírem letras dos hinos nacionais, à bandeira, sem que pudéssemos refletir e pensar sobre os motivos que nos levam a ser brasileiros? Significa civismo saber a letra de um hino e não ter amor à Pátria? Qual a relação que teria sido feita entre moral e o fato de aprendermos a dignificar pessoas que morreram em guerras? Que mataram em guerras? Será civismo o fato de nos alegrarmos com a morte de milhares de irmãos Latino Americanos, massacrados por um conluio de três países? Estou confuso. O que é “Educação Moral e Cívica” para estas pessoas? O que realmente ele queriam nos ensinar?

Será que alguém saberia qual era a intenção?


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