segunda-feira, 22 de junho de 2020

Eu votei no Dória!

Votei sim, nas eleições para governador (para prefeito, não cabia a mim) e não me envergonho, nem me arrependo! Mas a gestão dele é uma porcaria. Isso mesmo. Muito além de porcaria. Pra porcaria, ele teria que melhorar muito. Mas sou eu, eleitor, que tenho que me envergonhar? Ele é que deveria ter vergonha de ser o incompetente, mentiroso e incapaz que é.
Mas minha lógica democrática como eleitor é muito simples. O Dória foi prefeito por 2 anos, um cargo local, com pouco tempo no caso dele. As opções que tínhamos para governador também não eram das melhores, pelo menos não conhecíamos aos outros, tanto quanto não conhecíamos ao Doria, também. E eu acho sim que precisamos, vez por outra, dar a chance de alguém que nunca ocupou um cargo político e que não tenha atos que sujem seu passado, para que possa mostrar seu trabalho na condução de um cargo eletivo, seja no executivo ou no legislativo.
Votar no Dória foi a opção da tentativa da mudança. Ele se apresentou como gestor e, a meu ver, precisamos mais de gestores na política, especialmente no executivo, em todos os níveis. Pareceu-me uma boa opção.
Mas ninguém avisou que ele era canalha. Que ele tinha um “quê” de ditador. Que ele não tinha escrúpulos, a ponto de se aliar ou apoiar alguém apenas para ganhar eleição e depois sair por aí falando mal desse mesmo alguém. Nada disso foi avisado ao eleitor.
Mas agora já sabemos.
E, se eu votar nele de novo, agora sou EU que não presto, que não tenho vergonha na cara.
Então, eu votei nele. Não considero que errei. Quem errou foi ele, que mentiu e enganou para poder ser eleito. Mas a beleza da democracia é essa. O engano tem prazo de validade: 4 anos. Ele nos enganou e, ao completar seu mandato de 4 anos (se é que vai completar), nunca mais eu terei de votar nele. Ninguém vai me obrigar a isso. Aí está a democracia. Se alguém o fizer, se alguém votar nele, é opção própria de ser idiota (ou parente, que damos um desconto neste caso, né).
Mas é importante que o brasileiro acostume com esta questão da democracia. O problema não é errar a primeira vez. Isso pode até acontecer. Senão, ninguém poderia receber a primeira chance de mostrar serviço. O problema é insistir no erro. Antigamente, políticos, mesmo sendo canalhas ou incompetentes, ficavam vários mandatos seguidos (no caso do legislativo, é possível diversas reeleições). Então, dar a chance para alguém que nunca administrou publicamente, mostrar sua capacidade, é algo de bom. Vai que ele tivesse sido um excelente gestor. Mas precisamos entender que gente assim, mesmo que não sofra impeachment, deve ser colocada para fora, definitivamente e para sempre, através do voto nas próximas eleições.
Então, eu votei nele. Uma vez só. Nunca mais votarei no Dória.


leia também o artigo "A morte do PSDB"



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