sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Um por todos


Nestas eleições, vamos fazer a coisa certa, ok? Gostaria que todos pudéssemos assumir um compromisso de levar realmente a sério a decisão do voto que irá influenciar a vida dos brasileiros pelos próximos 4 anos.
Seria muito bom que, desta vez, todos tivessem em conta que a decisão pessoal afeta toda uma comunidade, por um tempo consideravelmente longo. Seria muito bom que todos não encarassem o voto como simplesmente uma obrigação a fazer num domingo ensolarado enquanto o desejo seria estar numa piscina, no futebol ou outro lugar. Espero que deixem para pensar no clube e na diversão noutro domingo. Deveríamos todos tirar o domingo da eleição para refletir seriamente no que vamos fazer.
Seria muito bom que todos encarassem o voto como um dever cívico, um direito pelo qual alguns lutaram até à morte para obter, um privilégio de poucos, uma responsabilidade irreversível, um aprendizado para a vida.
Se cada um de nós pensar “ah! Meu voto não fará diferença”, então nunca nada irá mudar mesmo. Se todos pensassem assim na hora de jogar o lixo nas ruas, estaríamos andando pedindo licença para a sujeira. Ops, será que é isso que está acontecendo na política?!!! Mas se todos e cada um de nós tiver consciência do voto que está para dar e fizer isso de forma séria, então poderemos unir cada um destes votos e fazer um Brasil melhor. Mais do que isso, se todos os que votaram fizerem o seu papel de cidadão pelos próximos 4 anos e trabalharem para exigir dos nossos representantes eleitos que cumpram com a proposta apresentada durante as eleições, então estaremos levando mais a sério ainda esta questão. Isso será muito bom.
Já pensou se todos jogassem o lixo no lixo. Os garis não perderiam empregos não, pois ainda há folhas e outras sujeiras para dar manutenção. Aliás, seria melhor sobrar tempo a eles para cuidar mais dos nossos jardins e praças. Mas não veríamos papéis e outros objetos a emporcalhar a cidade, a correr para rios e matar peixes, poluir águas. Mas se cada um pensar: “só esse papel não faz diferença” ou ainda “todo mundo faz isso”, então nada será diferente.
Aliás, parece ser o pensamento comodista e alienante de todos, né? Parece que vivemos num mundo cheio de maria-vai-com-as-outras. E um pensa em fazer igual ao outro. Estamos em falta de pessoas autênticas, de pessoas que pensem por si, que ajam por si, que respondam por si. Precisamos pensar que a responsabilidade é individual, mas a consequência é comunitária. Todos saem perdendo ou ganhando com aquilo que fazemos, com nossas atitudes. A responsabilidade é grande e séria. Devemos pensar bem em quem vamos votar. Devemos cuidar deste voto pelos quatro anos seguinte, mesmo quem não votou no candidato vencedor.
E, ah... da próxima vez que tiver um papel de bala na mão, jogue o lixo no lixo!