Este é uma mania do povo. Das pessoas. Do povo brasileiro. Achar que
existe alguém que poderá, como num passe de mágica, resolver todos
os problemas. Esse seria apenas Deus. Mas entre nós, dentre os
mortais, não há alguém assim. Mas o povo insiste em terceirizar
suas responsabilidades e, quando as coisas ficam difíceis acabam por
tentar encontrar, às vezes desesperadamente, alguém que possa
salvá-los de suas próprias escolhas. De novo, tentando dar para
alguém a posição que somente Deus poderia ocupar. Mas o povo
insiste.
Estamos próximos das eleições presidenciais. Depois de 30 anos de
redemocratização, 2 impeachments, sendo o mais recente da última
presidente que havia sido eleita, nas últimas eleições, depois do
plano real e de vencer a inflação, depois da internet e do advento
das redes sociais, depois de termos 1 copa e 1 olimpíadas realizadas
aqui num intervalo de 2 anos, depois da prisão de muitos medalhões
da política e empresários, teremos mais uma eleição presidencial.
Passamos, como brasileiros, por muitas coisas neste tempo. Aprendemos
muito. Mas ainda temos muito que aprender. Principalmente o fato de
que não devíamos votar com aquela esperança de que estaremos
escolhendo alguém que vai resolver tudo. De que finalmente
encontramos o salvador da Pátria. Isso não existe. Não
encontraremos jamais alguém assim, porque não existe. Mas já
deveríamos ter crescido o suficiente para entender que não deveria
ser esse o objetivo de um presidente. O Brasil é um país com muitos
problemas. Talvez o principal deles seja a forma de pensar do povo,
como um todo. E por causa de tantos problemas, muitos procuram alguém
que dê um jeito nestes problemas.
Mas o máximo que um presidente consegue fazer, se for muito
competente e bom, é manter as coisas em ordem e melhorar 1 ou 2
características importantes no Brasil. Como fez Itamar Franco com o
Plano Real (o ministro da fazenda da época era o Fernando Henrique,
que deu continuidade ao plano quando foi eleito). Ou como fez o
próprio Collor com a abertura de mercado. Ou o Lula, com a
solidificação dos projetos sociais. Cada um dando sua contribuição
em alguma área. O que não isentou nenhum deles de seus erros. Como
Collor com as manipulações e corrupção, Fernando Henrique com a
recessão, Lulla com a compra do Congresso. E claro, estou sendo
muito conciso em tudo isso. A lista é muito longa pra falar tudo
aqui.
Nosso próximo presidente, os próximos congressistas, governadores
precisam ser competentes. Precisam ter boas características. Mas não
serão a solução para tudo. Se pelos próximos 4 anos conseguirem
resolver definitivamente alguns dos problemas, já será ótimo.
Não vamos esperar que salvem o Brasil. Mas, nem por isso, vamos
também ignorar a importância disso e escolher “qualquer um”.
Vamos escolher direito.
___________________________________________
se gostou deste texto, compartilhe clicando abaixo
e clique em “seguir” ao lado para acompanhar novas publicações.
Visite também: perolasnabiblia.blogspot.com – www.lupasoft.com.br
conheça meus livros, publicados na amazon.com.br, disponíveis para compra em versão eletrônica e papel (procure pelo autor Lucas Durigon)
Nenhum comentário:
Postar um comentário