sábado, 3 de março de 2018

O que queremos?


Tem um eterno candidato em São Paulo que sempre repete: “rouba, mas faz”, em alusão ao ato de fazer muitas obras, no típico modelo de “governante biônico”, indicado pelos militares à época da ditadura, cujo objetivo era encher de obras os cantos do Brasil. Este “rouba, mas faz” tenta justificar com o número de obras (que, não há de negar, geram empregos diretos, e arroxo indireto) o “direito” de furtar como espécie de “pagamento pelos bons atos realizados em prol do povo”! E cheguei mesmo a ouvir de pessoas que dizem que se todos os políticos roubam, então que pelo menos seja um que faça algo!!! Puxa, que mente! Espero que poucos pensem assim.
Graças a Deus, ultimamente, nas eleições, candidatos desta estirpe foram avisados nas urnas pela população que estão com seus dias contados. Claro que sobraram alguns, de algum Estado Brasileiro desinformado, coronelizado. Mas ainda chegamos lá.
Já ouvi também uma frase que serve de antítese a esta, que diz: “não roubamos, nem deixamos roubar”, embora continue sem fazer muito, com muito discurso, sem muita ação.
Nos últimos tempos, muita coisa que não costumava acontecer no Brasil tem acontecido. Políticos e empresários poderosos têm sido confrontados pela justiça e até mesmo têm sido presos. Ainda falta devolver o que roubaram do Brasil, pois o pouco que devolveram não é suficiente. Mas a verdade é que isso não aconteceria tempos atrás. Ninguém tinha, há algum tempo coragem de enfrentar os figurões da política e da economia. Hoje já vemos os grandes empresários sendo interrogados, indo para a cadeia. Não é o todo, mas é um começo. E eu sei que não devemos desprezar os dias das pequenas mudanças. É um conselho bíblico, inclusive. As pequenas mudanças de hoje podem fazer grandes diferenças amanhã.
Bem, este é um momento crucial na história do Brasil. As próximas eleições terão o poder de fazer com que nossa voz seja ouvida, para que o atual governo perceba que não estamos de todo contente com a atual situação. E para fazer (que assim seja) afirmar o que já aprendemos e mostramos nas últimas eleições, onde alguns que usam de meios ilícitos nos seus mandatos possam perceber que estão, realmente, com os dias contados.
Que possamos decidir o que realmente queremos. Com maturidade e não pela conveniência. Depois de tudo o que passamos nos últimos anos, desde as manifestações de rua que começaram em 2013, mais um impedimento da presidente, a maior recessão da história do Brasil, operação Lava Jato e tudo o mais, as próximas eleições vão revelar o nível de maturidade do povo brasileiro.
Será que vamos continuar aceitando que corruptos governem o país apenas para que novas pontes sejam construídas, mas que o dinheiro público continue a ser roubado, que os impostos continuem a ser desviados? Será que vamos permitir que apenas discursos façam parte do que se pode chamar de “atuação governamental”, enquanto atitudes concretas em prol da população brasileira esperam um melhor momento para sair da mesa de reuniões e apresentar-se no dia-a-dia da população?
O que queremos? O que vamos dizer nas urnas (eletrônicas) em outubro? Que tipo de governo queremos? Um que rouba, mas faz? Um que não rouba, não deixa roubar e também não age? Ou há outra opção?
Talvez a opção não esteja na pessoa que representa o povo, mas na atitude do próprio povo, nas eleições.


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