Tirar a própria vida.
Parece um ato extremo, incompreendido por quem não passa pelos
extremos da luta da vida, mas que é muito comum e tem aumentado,
inclusive entre grupos que antes não se via cometer tais atos.
Alguém vai ler a frase acima e dizer: “todos têm problemas na
vida”. É verdade, todos têm, mas nem todos permanecem,
constantemente, sendo atacados pelos problemas, sem trégua. Nem
todos possuem distúrbios mentais, psicológicos ou sociais que
tornem os problemas como se fossem becos sem saída. Nem todos têm a
facilidade de alguns que não se importam com os problemas, deixando
“a vida me levar”, tornando-se muitas vezes exemplos de
irresponsabilidade e leviandade, mas não se deixando pressionar por
nada. Nem todos têm a falta de escrúpulos de alguns que para se
verem livres da própria pressão dos problemas, não se importam em
fazer outros sofrerem etc etc etc.
Ou seja, aqueles que sofrem, sobre si mesmos, a carga de problemas
todos, são pressionados constantemente sem trégua e têm
dificuldades em se livrar desta pressão não são muitos não.
Todos têm problemas, é verdade. Mas alguns, para resolverem os
seus, prejudicam o próximo. Se livram do seu problema de imediato, e
os causam na vida de outros. Geralmente, aqueles que não aguentam e
decidem acabar com sua própria vida, são aqueles que suportam tudo
sobre si, sem repassar. Não está certo repassar nossos problemas
para os outros, causar problemas na vida dos outros. Mas também não
temos, muitas vezes, a estrutura para aguentá-los todos, sozinhos,
sem um escape. Foi neste sentido que Jesus disse que poderíamos
entregar a Ele nosso fardo, nosso peso, nossa dor, angústia e luta,
pois ele nos daria alívio, descanso (Mt 11: 28). Neste sentido, ele
tiraria aquela pressão que causa a explosão. Isso pode ser feito
diretamente, para quem sabe como se relacionar com Deus, um ser
invisível ou pode ser feito através de amigos, psicólogos,
pastores, gente realmente disposta a ouvir e que possa oferecer
aquele escape, aquele alívio, aquele conselho realmente relevante
que alivie a pressão e traga o descanso necessário que dissipa a
necessidade de medidas extremas.
Mas onde Deus ou Jesus entra, se procuramos um amigo, psicólogo,
pastor etc.? Ele é o que dispõe estas pessoas para ouvir (se
realmente estão dispostas). Ele quem dá sabedoria ou a palavra
certa na hora certa, que traga novamente a vontade de viver para quem
está no limite. Ou você acha que outros seres humanos têm a
capacidade e o poder de restaurar vidas e tornar a trazer a vontade
de viver a quem chegou no extremo? Este é um trabalho que somente
Deus pode fazer, mesmo que seja indiretamente, através de alguém
que esteja ali, estendendo as mãos e os ouvidos, com atenção.
Têm aqueles que já no auge dos seus 30 ou 40 anos, ainda vivem como
se tivessem 12 ou 15. Não assumem nenhuma responsabilidade, nenhuma
preocupação. Esse é um extremo com outros desdobramentos e outras
preocupações. Este extremo também é prejudicial e talvez leve a
alguém querer acabar com a própria vida, não pela pressão que
sofre, mas pela falta de sentido no viver, pela falta de se achar
importante ou útil. Mas há aqueles que já com 12 ou 15 precisam
viver como se tivessem 30 ou 40, precisando sustentar uma casa, com
irmãos mais novos e pais que estão no primeiro grupo e se
abstiveram de suas responsabilidades, jogando nas costas de uma
criança. Ou aquele adolescente que sente que precisa resolver os
problemas de todos, ou que não se sente amado, porque nunca recebeu
uma palavra de amor, de afirmação, de elogio de seus pais e dos que
estão próximos, ou aquele adolescente que foi alvo de chacotas
durante anos na infância pelos colegas e já “não aguenta mais”.
Enfim, cada um precisa viver de acordo com sua capacidade de
processar as dificuldades da vida.
Viver no extremo indefinidamente, sem conseguir avistar uma luz no
fim do túnel, ser pressionado sem trégua, viver sem sentido ou sem
amor. Tudo isso e outros tantos motivos levam pessoas a pensarem que
dar um fim à própria vida é uma saída melhor que continuar do
jeito que está. E pode parecer a única saída. Mas, com certeza, há
outras saídas. Continuar nesta vida e encontrar seu propósito de
vida (porque todos temos um propósito em estar aqui, pode ter
certeza, Deus garante isso), buscar verdadeiros amigos e companhia,
sendo que o primeiro deles deve ser o próprio Deus, disponível
sempre, amoroso ao extremo e que compreende, como nenhum outro,
nossas necessidades, e se abrir para Deus e para verdadeiros amigos
podem ser soluções. Saber dar um tempo das pressões e conseguir
ajuda para “despressurizar” é também muito importante. E tantos
outros meios. Mas, com certeza, há saída.
Para quem não passa por isso, é necessário compreender, não
deixar que a pressão dos que estão próximos de nós fiquem no
extremo, estender a mão e os ouvidos para ouvir são atitudes que
podem salvar vidas.
Mas com certeza, há saída, há opções. Esteja você de que lado
estiver: precisando de ajuda ou podendo oferecer. Só não podemos,
nenhum de nós, nos omitir, nos calar.
No final, a solução está sempre em Deus e no seu grande amor.
Tenha certeza.
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