segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Cada um cuida de sua própria vida?!

Puxa, sem perceber muitas vezes, estamos entrelaçados
de forma a não termos o direito de sermos individuais.
Deus nos criou para sermos comunidade, para sermos família.
 




Ultimamente, temos criado o hábito de nos isolar. De viver nossa vida sem dar nem pedir satisfação a ninguém por nada. Ficamos ofendidos (e alguns dizem ser falta de educação, fora dos padrões de etiqueta) quando alguém vem “meter o bedelho” em nossas vidas e nos tolhemos a fazer isso a alguém.

Muitas vezes recebo via internet, estórias de pessoas que sofreram por causa de motoristas bêbados que causaram acidentes, envolvendo pessoas que estavam viajando com a família ou passeando sóbrios durante o dia, que nada tinham a ver com as peripécias do bêbado e que tiveram sua vida e (não poucas vezes) sua família estraçalhadas.

Muita conscientização pela internet tem sido feita no sentido de mostrar que uma pessoa bêbada, quando dirige, não é responsável apenas pela sua própria vida. Ela põe em risco a vida de terceiros. Muitos acidentes já ocorreram dessa forma, prejudicando não só aquele que escolheu beber e se arriscar, mas também prejudicando pessoas que estavam vivendo suas vidas de forma calma e tranquila, até aquele momento.

Puxa, sem perceber muitas vezes, estamos entrelaçados de forma a não termos o direito de sermos (totalmente) individuais. Deus nos criou para sermos comunidade, para sermos família. A tentativa de nos tornar autossuficientes, independentes (acentuadamente na tônica feminista deste último século) tem causado muitos dos problemas da vida moderna que passamos. Queremos ser livres, como se liberdade fosse viver livre do próximo, do vizinho, do parente... E não percebemos que isto é impossível. Mesmo se vivêssemos numa ilha deserta, dependeríamos de que ninguém, em nenhum momento, decidisse ir nos visitar. Assim, dependeríamos, mesmo nesta situação, da boa vontade dos demais.

Considerando as licenças poéticas e os exageros das estórias que circulam pela internet, ainda fica uma porção considerável de assunto para refletir. Uma pergunta paira no ar, nessa situação: se um bêbado quiser dirigir e eu puder, de alguma forma impedi-lo, devo fazer isso ou devo deixar ele cuidar da própria vida?! 

Será que temos o direito de (não apenas nesta questão, mas em outras) deixar que cada um decida por si em situações que prejudicam a todos? 

Estamos nos acostumando a não “meter o bedelho” na vida dos outros e ver nossas crianças, adolescentes e jovens sendo levados por traficantes, cafetões e outros aproveitadores, simplesmente porque não quisemos, quando tivemos oportunidade, “meter o bedelho” na vida do traficante, denunciar, ou segurar o bêbado pela mão quando ele ia entrar no carro. Talvez algumas vidas fossem poupadas, algumas famílias estivessem inteiras, se não ficássemos olhando apenas para nossos umbigos.

A Bíblia diz que aquele que poderia fazer o bem e não o faz, é tão pecador quanto aquele que faz o mal. A omissão, para Deus, é tão grave quando a ação. Não é certo esta posição de que devemos cuidar de nossas próprias vidas, sem nos importar com o próximo. Mas é necessário ter sabedoria e discernimento para saber quando agir na vida do outro para o bem de todos.


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