segunda-feira, 21 de março de 2022

Nem tudo é relativo

a relatividade moral está passando dos limites,
principalmente das idades. 
nossos sentimentos receberam uma camada protetora
que nos impede de sentir essas mazelas humanas
e chorar por isso.
 
 



É o fim do mundo. O fim da picada. Não tem mais jeito.

Há alguns anos ouço expressões como essas relacionadas a tudo o que anda acontecendo no mundo, desde situações econômicas calamitosas, anos de fome em países que sofrem com guerras civis e secas. Passamos os dias vendo “Etiópia”, “Somália”, “Nordeste Brasileiro”, “Kossovo”, “Sequestro Relâmpago”, “Bósnia”, “Tráfico de drogas”, “Faixa de Gaza”.

Sem sair do Brasil assistimos, barbarizados, filhas e filhos matando pais (que mais parece o cumprimento de um vaticínio bíblico); polícia correndo de bandido (e é a polícia na frente e o bandido atrás); crianças sem respeito a professores, chegando a matá-los! E, parece que isso tudo não nos impressiona mais, parece que estamos acostumados, parece que fomos cauterizados, nossos sentimentos receberam uma camada protetora que nos impede de sentir essas mazelas humanas e chorar por isso. Ao assistir o noticiário, é só “mais um caso”. Repetimos “é o fim da picada” como que por hábito, pois aprendemos a falar assim.

O que aconteceu? Como chegamos neste ponto? Onde tudo começou? É claro que não tenho as respostas (alguém tem?). Mas uma coisa é certa, e pode ser um dos motivos e estar prejudicando: a relatividade moral está passando dos limites, principalmente das idades. Tudo bem que se diga, a um universitário, que ele deve escolher o caminho a seguir, pois (espera-se), tem informação suficiente sua mente que o permite analisar situações e tomar decisões que façam dele a pessoa que é.

Mas querer que uma criança, um adolescente, tenha condições de tomar decisões que abrangem o convívio com outras pessoas, que dizem respeito à liberdade do próximo e não mostrar a esta criança/adolescente que a sua liberdade termina onde começa a do outro é dar um tiro no pé. É a destruição da sociedade, da família. E a consequência disto, estamos vendo, estamos lendo e com esta consequência estamos nos surpreendendo! Mas será que ninguém percebia que este seria o desfecho natural das coisas, dada a educação que está sendo praticada?

Não somente na escola. Mas em casa, entre os “amigos”. Em todo lugar, a criança é exposta a uma enxurrada de informações que deterioram seu caráter. Aos poucos.


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