As deficiências físicas, para quem as tem, são limitações com as quais precisam aprender a conviver, como um cego ou surdo, que precisam aprender formas de interagir com o mundo, ou então tentar adaptar uma melhoria que facilite o convívio com a mesma, como os amputados, que podem adaptar próteses e ter uma vida quase normal. No caso do deficiente mental, basta adaptar a participação dele na sociedade, naquilo que pode fazer no que se refere à profissão, de acordo com sua limitação.
Já as deficiências da alma, do caráter etc., (poderíamos até chamar, em alguns casos de “pecado”), são deficiências que não precisam se adaptar e acostumar com elas. São de um tipo diferente. Essas precisam mesmo ser extirpadas, curadas, transformadas. Não se coloca uma prótese em alguém que tem o hábito de mentir. É uma deficiência da alma que precisa ser curada. Definitivamente. É preciso haver mudança. Se um homem casado tem a deficiência de ser um adúltero, que trai a confiança da sua esposa e família, não vai adiantar ele aprender a linguagem de sinais para se comunicar melhor com sua família, e tentar conviver com esta deficiência (pecado).
Algum problema, seja de ordem física/mental ou moral/caráter, todos têm. As do primeiro grupo, temos assistido ao mundo tentar valorizar e melhorar o convívio dos deficientes e isto já tem mudado bastante. Antigamente, os pais de uma criança síndrome de Down, por exemplo, tinham o hábito de escondê-la, com vergonha. Hoje em dia, vivem normalmente com a sociedade, sabendo apenas que precisam direcionar a pessoa com deficiência para valorizar o seu potencial, e não ficar lamentando sua limitação.
Aliás, esse é o segredo de viver bem para a maioria das pessoas: Valorizar o potencial, não lamentar a limitação. Não apenas para os deficientes. Se, por exemplo, alguém tem um problema com o álcool ou drogas. É uma doença, mas poderíamos dizer que é uma deficiência de autocontrole da pessoa. Então esta pessoa precisa se afastar disso que a escraviza, buscar seu potencial e trabalhar ele e não ficar lembrando ou “dando corda” para aquilo que a limita, que a derruba, que a fere.
No caso dos deficientes, é importante ter pais que conseguem enxergar seu potencial, valorizar e desenvolver isso, passando por cima de qualquer deficiência, rotulada pelo resto da sociedade como limitante. Este auxílio dos pais, desde a infância, ajuda muito a desenvolver o lado bom, seu potencial e viver uma vida plena.
As deficiências são limitantes sob o ponto de vista do que a maioria considera normal. Mas quando vemos isto, podemos perceber a diferença que faz a atitude correta dos pais na vida de um ser humano, qualquer que seja, com ou sem deficiências físicas.
Portanto, precisamos entender que limitações e algum tipo de deficiência, todos temos, em alguma medida. Certos tipos são passíveis e até exige-se que sejam resolvidas. O hábito da mentira, do adultério, ou alguém preguiçoso que não gosta de trabalhar, de estudar, se o problema é a grosseria no trato com as pessoas, a falta de respeito pelo próximo e tantas outras, são deficiências de caráter, da alma, que precisam ser tratadas e curadas. Neste caso, não se adapta a convivência com o problema. Resolve-se e elimina-se o problema, através de uma mudança de atitude.
Todos podemos viver uma vida plena e somos capazes de coisas incríveis, com a ajuda de Deus. Alguns precisam se adaptar às deficiências, outros precisam eliminá-las. Não podemos nos entregar. Precisamos, cada um, buscar nosso caminho.
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Na maior parte do mundo, há um dia do ano dedicado a relembrar os
mortos. No Brasil, assim como em todo o ocidente, o dia escolhido é
2 de novembro. As formas e expressões culturais de como se fazer
esta celebração difere em muitos lugares. Há países que fazem
festa pelos mortos. Há outros que meditam de forma mais contida.
Outros ainda visitam os túmulos de seus mortos neste dia. As formas
são variadas, mas o objetivo deveria ser sempre o mesmo: lembrar, ao
olhar para quem já se foi, de como a vida é efêmera, como não há
exceção, em nenhum de nós, para esta realidade: que todos nos
encontraremos com a morte.
Ao olhar isto, deveria ser claro o sentimento de valorização, de
urgência de realização que deveria nos cercar. Deveríamos pensar
em nossa vida, na sua limitação, tanto temporal quanto
circunstancial e valorizar mais o que temos aqui e agora.
Ao visitar um morto que havia sido rico em vida, percebemos que sua
riqueza, neste momento após sua morte, não faz diferença nenhuma.
Da mesma forma, se o morto foi pobre, agora ele está no mesmo lugar
que aquele que fora rico.
Ao visitar alguém que trabalhou sem parar para ter esta mesma
riqueza, vemos que ele está no mesmo lugar daquele que além de
trabalhar para seu sustento em vida, também esteve com sua família
e pôde cultivar boas amizades.
Ao chegar-se ao túmulo de um atleta profissional, que passou seu
tempo cultivando seu corpo, ou de alguém vaidoso, que gastava horas
e dias procurando melhorar sua aparência, percebemos que estas
pessoas estão na mesma condição daquele que viveu de qualquer
jeito.
Alguém pode olhar tudo isso e chegar à conclusão de que “não
importa o que eu faça, na minha morte, serei igual a qualquer um”.
E, de certa forma, por um lado, isso é verdade.
Mas também posso chegar à conclusão de que tudo o que eu faço
nesta vida, tem efeito apenas durante a vida. Porque, na morte, tudo
o que eu faço aqui não fará diferença para o meu corpo físico,
na morte. Porque, depois de morto, o pobre e o rico, o saudável e o
enfermo, o ébrio e o sóbrio, o homem e a mulher, o negro e o
branco, o intelectual e o analfabeto, todos terão seus corpos
colocados no mesmo lugar.
Esta é uma reflexão importante. Para não nos apegarmos demais a
coisas que ficam por aqui. Porque o fim de todos, neste aspecto é o
mesmo.
Mas isto me leva a outra reflexão. O que, então, faz diferença,
depois da morte, no que se refere às minhas escolhas e atitudes
durante a vida? Olhando para quem morreu, seja há 1, 5 ou 10 anos,
ou mesmo há séculos, o que ficou desta pessoa que morreu?
Certamente não foi o corpo, por mais que ele tenha sido preservado.
Mas o que ficou para os outros foi o seu legado. O que fica de alguém
que parte é aquilo que faz diferença na vida dos outros, da
sociedade, do mundo. O que fica de um professor que morreu são os
milhares de alunos que ele ajudou a formar na vida. O que fica de
pais que morreram, foi o que eles ensinaram a seus filhos. O que fica
de um grande estadista, depois de sua morte, foi o que ele deixou de
transformações e benefícios para o povo que ele governou.
O legado é o que fica aos outros daquilo que fizemos em vida. E isso
nos leva a pensar que devemos sempre fazer o melhor, pensando no
todo, não apenas em nós. Mas, a começar de nós, pensando na nossa
família, no nosso bairro ou cidade. Nos futuros cidadãos e o que
podemos deixar para todos estes, ou apenas alguns destes, que possa
melhorar suas vidas, fazê-los lembrar de nós de uma forma saudável,
boa, alegre. Da vida que vivemos, o legado que deixamos é o que fica
para os outros. Ao pensar neste dia, quem já foi, devemos refletir
se estamos fazendo nosso melhor em prol do nosso próximo e refletir
se a vida que estamos vivendo está valendo a pena.
E, como não adianta pensar nisso após nossa morte, porque depois de
passarmos para o lado debaixo da terra, não há nada mais que
possamos fazer, então refletir neste dia dos mortos sobre a vida
daqueles que já se foram, deveria nos fazer pensar em nossas
atitudes atuais, de nossas vidas e descobrir se estamos realmente no
caminho certo.
Esse é um bom motivo de reflexão no dia dos mortos para aqueles que
estão vivos.
Mas ainda há uma outra consequência na qual devemos refletir. Além
do nosso corpo, existe aquilo que nos fazia ficar vivos, que mantinha
o corpo ativo e vivo. Nossa alma, nosso espírito, depois de deixar
nosso corpo, permite inclusive a deterioração deste. Porque o que
conferia vida ao corpo não era ele próprio. Mas algo que permanece,
mesmo depois que o corpo não permaneça mais.
Nossa alma, nosso espírito, terão uma continuidade após a vida
corporal. E, o que fazemos com nossa vida, com nosso corpo, durante a
vida, é o que determina o destino para onde irão nossa alma e nosso
espírito. Então vale também, neste momento, uma reflexão: o que
estou fazendo da minha vida compromete meu destino eterno?
Esse momento, de pensar na morte para podermos também nortear nossa
forma de vida, é muito importante. Ter um momento de reflexão
desses por ano pode ser muito frutífero, se o feriado não for
apenas uma opção de descanso, mas sim de reflexão.
Lucas Durigon
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Quando ainda estava completando o curso médio,
fiquei sabendo que a matéria “Educação Moral e Cívica” tinha
sido extinta. Não seria mais lecionada. Fiquei contente. Muitos na
classe ficaram. Não tinha razão de ser, aprender este tipo de
coisas. Os professores que tive desta matéria não tinham amor pela
Pátria, nunca vi civismo ou moralidade exemplar neles. Alguns até
citaram sobre os perigos e desvantagens do fumo! Seria esse o melhor
que poderiam fazer?
Hoje não fico contente. Gostaria que tivéssemos
essa matéria. Gostaria que pudéssemos ter noções, desde cedo,
sobre “Educação Moral e Cívica”. Não aprender sobre datas de
revoluções, sobre vitórias brasileiras em massacres
latino-americanos. Não apenas decorar nomes de generais para a
prova. Aprender algo mais perto sobre “Moral” e sobre “Civismo”.
Acho muito mais moral ensinar sobre a paz do que sobre a guerra. É
imoral regozijar-se com a guerra, pois nela, não há vencedores:
todos perdem.
Tenho participado de algumas poucas conferências,
tenho visto noticiários. Alguns dizem que é necessário ter aulas
de religião na escola (já disse que discordo).
Outros dizem que urge haver educação
para o trânsito desde cedo, para
crianças.
Uma cultura de paz,
que ensine sobre as desvantagens da guerra e ensine sobre a paz, é
essencial ser semeada na vida de crianças.Ensinar a importância da preservação
ambiental é necessária, para que a
próxima geração não coloque o materialismo acima da vida.
Noções de convivência social, rejeição
ao racismo (de todos os tipos), aos
preconceitos, são essenciais.Muitos defendem que é necessário ensinar sobre a
sexualidade
aos adolescentes (não às crianças), para termos uma sociedade saudável em termos de
informação.
Vimos muito sobre política, formas de exercer o
poder, de reclamar os direitos, de sermos ouvidos: seria importante
fazer a criança, o jovem, o adolescente aprender de cedo a
importância da política
na vida da sociedade.
E uma política intimamente ligada à ética.
Isso, a mim, parece-se mais com “moral”, com
“civismo”. Que todos possam buscar um encontro com Deus, mas por
decisão própria, por escolha própria. Mas que também possamos
ensinar às nossas crianças e adolescentes sobre os limites da
liberdade. Que haja liberdade: mas se um jovem, ao chegar aos seus 20
anos de idade, não tem noções de respeito ao próximo, como poderá
respeitar as regras de trânsito? Como poderá não se indignar com
cenas diárias de guerra? Como poderá respeitar e conviver com
pessoas de outras raças?
Esse aprendizado não cai do céu. Precisa ser
compartilhado, discutido, vivenciado, praticado. É necessário, urge
mesmo que repassemos a crianças e adolescentes uma base de “Educação
Moral e Cívica” para que possam decidir-se, no momento certo, a
respeitar o próximo, a respeitar limites. Que possam sentir as
mazelas da humanidade. E que possam sentir essa dor. Que jamais se
conformem, que jamais se acostumem a ver morte e sangue, todo o dia,
na televisão, nas ruas, na esquina de casa: isso tem que fazer
chorar. Tem que fazer doer. Isso precisa dar um nó na garganta. Não
pode passar por nós despercebido.
Não estou defendendo aqui que uma matéria a mais
na escola irá resolver (nem a longo prazo) os problemas que estamos
vendo e vivendo. Estou apenas jogando uma ideia. Seria muito bom
repensar o papel da sociedade, como um todo, no futuro do nosso
Brasil, do nosso planeta. Mas acho, sinceramente, que o fato de isso
não ser solução, não justifica desconsiderar uma semente.
Aliás, se um agricultor esperasse que uma semente
resolvesse o problema da fome no mundo, ele, em sã consciência,
jamais plantaria aquela semente.
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Dom Pedro gritou Independência ou Morte! Nós precisamos fazer valer a verdade de que a independência gera vida. Precisamos ainda lutar por essa vida e uma verdadeira independência.
Aprendemos na escola que Dom Pedro I, príncipe
regente, português, filho de Dom João VI, tendo vindo para o Brasil
com sua família, gritou às margens do Rio Ipiranga em São Paulo
(hoje capital do Estado): “Independência ou Morte!”. Bem, com
esta frase, ele estava deixando claro que se dispunha a lutar até a
morte pela Independência do Brasil.
Nos Estados Unidos, quase todos os países da
África e Ásia e muitos outros lugares, a luta para se tornar
independente do país dominante (metrópole) realmente gerou mortes
(muitas mortes). No tempo que o Brasil foi descoberto, Portugal e
Espanha, países católicos, com um povo acolhedor (como são os
latinos) e de pouca tradição bélica dominavam as navegações e
grande parte do comércio. Portugal dominou o Brasil (sua principal
colônia) e alguns países africanos, tendo por isso mesmo
facilidades para ganhar muito dinheiro no tráfico negreiro. A
Espanha dominou o restante da América Latina, dividida
(diferentemente do Brasil) em vários países. Por outro lado, França
e Inglaterra (além da Holanda, em parte) também buscaram terras
para dominar. Assim, EUA e Canadá se tornaram colônias desses
países europeus, assim como muitos outros africanos e asiáticos.
Bem, mas de todos esses casos, a maior parte precisou lutar até a
morte pela sua Independência.
Mas no Brasil, foi diferente. Para começar a se
tornar notória nossa tradição pacifista e pouca tradição bélica
(dou graças a Deus por isso), quando D. Pedro I deu o grito da
independência, não se levantaram exércitos da metrópole nem
irrompeu alguma revolta interna. Ele talvez estivesse disposto a dar
a vida, mas talvez soubesse de antemão que isso não seria
necessário. E assim, olhando hoje para a história e vendo a
história na qual estamos inseridos, fico pensando se não houve luta
porque talvez ninguém tivesse levado a sério o nosso amigo D.
Pedro. Talvez a metrópole (mesmo que estivesse enfraquecida) tivesse
olhado para a sua atitude sem dar muito crédito. Talvez ninguém
acreditasse que ele levaria aquilo adiante. Talvez alguém tivesse
dito: “é da boca pra fora” ou “é conversa fiada”. E vemos,
hoje que o Brasil não está realmente independente. Governantes,
metrópole, povo, trabalhadores, nativos e estrangeiros: a maioria
não acredita que somos independentes. Uma boa parcela de cada um
destes grupos não acredita que nos tornamos adultos (como país) e
autossuficientes. Talvez sejamos como aquele filho jovem que o pai e
a mãe não percebem que já cresceu, já faz as barbas, já se veste
sozinho e continua a ter o pai e a mãe como babás e fiscais de suas
atitudes. Talvez nos considerem assim, mesmo que queiramos ser
independentes.
Por que, tendo reservas naturais e fontes
alimentícias tão abundantes, vemos muitos passando fome? Por que
precisamos depender de mais empréstimos, a cada dia, de países e
organismos estrangeiros, como se não pudéssemos nos sustentar com
nosso trabalho? Por que precisamos aceitar imposições? Por que
quando vamos ao shopping, ao supermercado ou outro lugar qualquer,
valorizamos o produto importado e não contribuímos para gerar
emprego dentro de nosso próprio país?
Me pergunto se estamos realmente independentes.
Talvez falte um sentimento de ser brasileiro. De olhar com orgulho
para o lugar onde nascemos e dizer: este é o melhor país do mundo
para se viver. Talvez falte perceber que, além de sermos o 5º maior
país em extensão territorial, de termos a maior reserva de água
potável do planeta, somos também uma das 10 maiores economias
(apesar da má distribuição de renda) do mundo. Demos ao mundo o
avião, a fibra ótica e muitos outros benefícios. Temos a maior
floresta tropical do mundo, o melhor futebol e vôlei e estamos entre
os melhores em muitos outros esportes, apesar de termos um dos povos
mais criativos do mundo e não termos o péssimo hábito de sair
matando gente mundo afora.
Precisamos caminhar pelas próprias pernas. Ter
orgulho de sermos brasileiros e parar de ficar pedindo dinheiro
emprestado aos outros. Precisamos viver por nós.
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Algumas vezes, em virtude de problemas de
comportamento com jovens e adolescentes, algumas pessoas sugerem, por
exemplo, que se coloque aulas de religião obrigatórias nas escolas.
Sem rodeios, digo que sou contra, e sou pastor protestante. Acho que
a religião a seguir é uma destas decisões que não podem ser
feitas por procuração, não podem ser forçadas, não pode ser
induzida. Cada pessoa precisa decidir por si.
Seria muito bom que, se a pessoa tem dúvidas, e
os pais ou círculo de pessoas próximas (parentes e amigos) não lhe
deram informações suficientes para uma decisão, então seria bom
que esta pessoa procurasse se informar, de forma séria, consultando
seu coração e pesquisando, com um intenso desejo de descobrir o
caminho certo, de encontrar-se e encontrar ao próximo, encontrar a
Deus. Mas não deve ser influenciada de forma tendenciosa. A decisão
final deve ser espontânea e consciente. Então, sou contra aulas de
religião em escolas. Religião precisa ser buscada, por quem se
interesse, em igrejas, em locais especializados na religião.
Mas com relação às escolas, acho que existe sim
um auxílio que esta pode dar. Há alguns anos atrás, eu estudei, na
escola, uma matéria chamada EMC (Educação Moral e Cívica). Desde
a 4ª série do ensino fundamental até o 1º ano do ensino médio,
tive aulas de EMC. Estranho, enquanto eu estava estudando esta
matéria, não entendia o que se aprenderia numa aula, de uma matéria
chamada “Educação Moral e Cívica”. Eu não tinha a menor ideia
do que era moral, nem do que era civismo (e nenhum professor desta
matéria tampouco me explicou isso ao longo dos 6 anos em que estudei
essa matéria, o que é surpreendente).
Hoje, eu não posso dizer que sei, mas posso dizer
que arrisco um entendimento de Moral e de Civismo. Talvez todos
possam se arriscar a ter um entendimento melhor, muito mais em
virtude de tudo o que temos visto, lido nos noticiários.
Tendo um entendimento melhor do que é Moral e do
que é Civismo, surgiu-me outra dúvida. O que será que pensavam os
didatas que preparavam o currículo desta matéria, ao incluírem
aulas sobre as guerras do Paraguai e sobre a Inconfidência Mineira,
sobre a Revolução Paulista e sobre nomes, generais, heróis, siglas
etc. etc. etc.
Qual seria, para esses didatas, o conceito de
“civismo” e de “moral” ao incluírem letras dos hinos
nacionais, à bandeira, sem que pudéssemos refletir e pensar sobre
os motivos que nos levam a ser brasileiros? Significa civismo saber a
letra de um hino e não ter amor à Pátria? Qual a relação que
teria sido feita entre moral e o fato de aprendermos a dignificar
pessoas que morreram em guerras? Que mataram em guerras? Será
civismo o fato de nos alegrarmos com a morte de milhares de irmãos
Latino Americanos, massacrados por um conluio de três países? Estou
confuso. O que é “Educação Moral e Cívica” para estas
pessoas? O que realmente ele queriam nos ensinar?
Será que alguém saberia qual era a intenção?
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Esse é um problema que assola todos nós, direta ou indiretamente. Não escolhemos, às vezes, ser
envolvido no problema mas, sem escolha, somos envolvidos muitas
vezes.
É certo que temos de fazer a nossa parte, cada um tem, para
banir (pelo menos diminuir) este mal do nosso meio e impedir que as
drogas façam parte da vida dos jovens, crianças (que absurdo! Já
está alcançando as crianças!) e adultos.
Muitos já sabem o que precisam fazer
quando alguém da família revela (ou descobre-se) ser um dependente
químico, um viciado. O diálogo, que muitas vezes faltou na infância
e adolescência, agora é o principal remédio, aliado a uma clínica
de recuperação, auxílio psicológico e médico, espiritual e
familiar. A presença da família, neste momento, é essencial. E não
digo presença física, digo presença real. A pessoa com problema
precisa sentir a presença dos entes queridos ali por perto, neste
momento de crise. Se esta presença tivesse sido real desde a
infância, a possibilidade de chegar às drogas teria sido quase
nula. Muitos dizem que estavam presentes, mas era só presença
corpórea, não real. Estavam ali na sala, mas não estavam ali com
ele. Muitos pais estão na mesa da cozinha com a família mas, na
verdade, estão em outro lugar, sabe Deus onde.
“Não basta amá-los, é preciso
que saibam que são amados” (Dom Bosco).
Porém, quero chamar a atenção da
sociedade toda para este mal. Não é só a família que sofre e que
precisa tomar atitudes. Toda a sociedade sofre. Às vezes, sem ter
nenhum viciado na família, você já foi vítima de um assalto na
rua ou em casa, causado por um jovem que precisa de dinheiro para
alimentar o vício. Às vezes podemos fazer algo com relação a
isto. Não podemos impedir o assalto, mas podemos desencorajar a
lucratividade dele.
Quando um aparelho de som é roubado
de sua casa, um celular ou uma televisão, na maioria das vezes é
para vender e conseguir dinheiro para drogas. Porém, para que se
venda, é necessário que alguém compre. Geralmente, para ser uma
compra atrativa, é oferecido por um preço bem abaixo do mercado e o
comprador, ingênuo, nem percebe que está ajudando o tráfico de
drogas e na destruição de vidas de jovens!
Podemos fazer algo. Podemos estar
atentos e não aceitar produto fácil. Se uma televisão custa R$
3000,00 numa loja que tem funcionários para pagar, aluguel, IPTU e
outros impostos e muitas outras despesas e está sendo oferecida por
R$ 200,00 na porta da sua casa, desconfie. Temos de tomar uma atitude
porque este hábito de querer “levar vantagem” em ofertas deste
tipo causa uma grande “desvantagem” pra sociedade e
principalmente para a família do jovem que está fazendo girar o
círculo do tráfico de drogas.
Ora, o tráfico é lucrativo porque o
viciado faz “qualquer coisa” para conseguir o dinheiro para pagar
pelo vício. E ele sabe que, se não paga, morre mesmo. Então o
círculo se perpetua. Se cada um de nós, e todos nós, fizéssemos a
nossa parte em quebrar este círculo em alguns pontos, a força
diminuiria. Mas, mesmo que não resolva, vamos fazer a nossa parte,
certo?
Lucas Durigon
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deve ter achado engraçado ou ter ficado indignado.
Sim, porque qualquer trabalhador mais ou menos honesto neste país
sabe que uma declaração dessas, vinda de quem veio, só pode ser
piada. E, em certa medida, é. Mas, olhando do ponto de vista do
próprio ex presidente Lula, eu até que entendo o que ele quis
dizer. Não concordo, mas entendo.
Embora, dita por quem foi dita, essa declaração beira ao absurdo, a
verdade é que muitos dizem coisas parecidas todos os dias, das quais
outras pessoas acham absurdo ou que seja piada. Isso acontece porque
este tipo de declaração é feita por pessoas que vivem fechadas em
ambientes tão profundamente arraigados em algum tipo de conduta, que
se veem como exemplos a ser seguidos, apesar de serem pessoas de
conduta semelhantemente ruins.
É que as pessoas baseiam este tipo de conclusão de acordo com a
referência moral e de conduta que têm. Eu explico:
Tomemos o Lula, por exemplo, nesta declaração dele. Vivendo no meio
em que ele vive, ele deve ter visto e vivido coisas absurdas lá,
exemplos de desonestidade que fariam o tinhoso ficar arrepiado.
Acredito que, talvez, a sociedade brasileira um dia venha a saber de
coisas que vão deixar muitos mais de cabelo em pé ainda do que já
estão. Talvez o ex presidente saiba de coisas que o façam pensar
que o que ele fez não é nada ou, como se diz por aí, “é
fichinha”. Assim como no passado, ficávamos indignados com os
absurdos do Paulo Maluf, que era inclusive citado como exemplo de
corrupção, quando se falava do assunto, e hoje é tratado como um
estagiário na área, talvez venhamos a perceber que o Lula também
estava apenas aprendendo o ofício, quando soubermos dos verdadeiros
desmandes nesta área.
Neste sentido, o ex condenado Lula (porque o STF disse que ele não é
mais condenado, apesar de não ter sido inocentado!) se vê num meio
tão moralmente corrompido que se acha “um santo”, se vê, a si
mesmo, como exemplo de conduta e pensa de si mesmo que o que ele fez
não é nada. Porque, comparado aos seus companheiros na política,
talvez ele seja, realmente, um aprendiz. Essa é a percepção dele
que, num meio tão sujo, se vê limpo, ainda que esteja coberto de
lama. Porém, quando algum brasileiro trabalhador olha para ele, o
enxerga como o mais sujo de todos, porque a referência do
trabalhador é outra. Embora, no meio de qualquer grupo social haja
um pouco de sujeira e desonestidade, em alguma dose, não é nada que
se compare ao que fazem alguns dos nossos políticos.
A questão toda é sempre o ambiente do qual temos a referência de
comparação para analisar este tipo de coisa.
Funciona assim: imagina que a honestidade, ou mesmo outras
características morais como sinceridade, bondade, generosidade e por
aí vai, pudessem ser medidas de forma objetiva, como quando
respondemos uma prova de matemática e podemos dizer que nota
tiramos. Imagina que estas características citadas acima pudessem
receber notas de 0 a 10, como nas provas escolares. Então, imagina
uma pessoa que tem honestidade nota 4, mas que vive num meio e num
grupo cuja honestidade tem a média 2. Esse que tem nota 4, vai se
achar o máximo da honestidade, porque ele está acostumado a ver, a
viver no meio de pessoas que têm essa característica inferior a
dele, embora essa nota 4 (numa escala de 0 a 10) seja boa ali naquele
meio, ainda é uma nota baixa, inferior ao necessário para, digamos,
“passar de ano”. Não é aprovável. Diríamos que, se uma pessoa
tivesse nota 7 de honestidade, embora não fosse perfeita (quem é?),
teria uma nota suficiente para “passar de ano” ou, pelo menos,
ser aceitável na sociedade como alguém considerado “honesto”.
Mas aquele de nota 4, só pensa estar bem ao se comparar com o seu
grupo, nota 2. Porque, de resto, ele está bem ruim.
O fato é que quando esta pessoa nota 4, que se acha o máximo
enquanto está vivendo naquele grupo cuja honestidade não passa de
2, muda-se para um grupo cuja honestidade tem média 8, por exemplo,
então ele vai se sentir um verdadeiro lixo. Porque, o que antes era
superior e, por isso mesmo, ele não via a necessidade de melhorar,
afinal de contas, já estava bem acima da média daqueles com quem
convivia, agora convivendo num local cuja média é muito maior que a
sua, será visto pelos novos pares como alguém realmente desonesto.
Esta é a questão da referência de comparação que todos usamos,
sem perceber, o tempo todo, para nos qualificarmos a nós mesmos e
aos outros. Geralmente, nossos julgamentos são feitos com base nessa
comparação relativa. E isso não é bom. O ideal seria que nossa
referência fosse algo máximo, aquilo que fosse o exemplo máximo em
cada área (honestidade, sinceridade, bondade, generosidade,
inteligência, cultura etc.) e, buscando esse máximo, agora sim uma
referência incontestável, considerássemos que ainda falhamos, por
não ter alcançado tal medida. Essa consciência humilde de nossa
fragilidade nos manteria humildes e dispostos a melhorar sempre, e
não ficar estancados onde estamos, por achar que já somos
superiores.
Esse mesmo tipo de problemas na comparação se dá em várias áreas.
Imagina que você é um aluno de escola, num lugar onde a média da
sua classe em matemática não passa de 3, mas você mantém uma
média de 6, nesta classe. Parece ótimo, só que a escola exige 7
para passar de ano. Então, mesmo sentindo-se o máximo, no local
onde está, por causa dos outros, ainda assim não conseguirá passar
de ano, se aprovado. E, mesmo que seus pais digam “olha, você
precisa melhorar, porque desse jeito não vai passar de ano”, você
pode sentir-se tentado a argumentar com seus pais “mas melhorar o
quê, se já sou o melhor da classe?”. E essa “verdade” é
apoiada numa referência deturpada, ao se comparar com o restante da
classe, toda de reprovados.
Então, numa escola, numa escala de 0 a 10, existe o excelente, o
máximo, que é o 10, o que deveria ser o objetivo de todos. Mas
existe o aceitável, o aprovável, que é o 7. Abaixo disso, não é
aceitável, e a escala desce, até o máximo reprovável, aquela
situação em que “não tem jeito”. Porque quem tem 6 ainda está
perto de se tornar aprovável. Mas e quem não sai do 2 ou 3, será
que tem jeito? Somente com muito, mas muito esforço mesmo. Eu diria
o mesmo para a questão da honestidade. Somente com muito esforço.
Mas, o primeiro passo para quem deseja sair de um nível reprovável,
é admitir que precisa melhorar. Assim, o aluno com nota 6 numa
classe média 3, precisa entender que ser o melhor nestas condições
não é suficiente. Ele não pode se comparar com os outros alunos de
sua classe, porque nem ele, nem os outros conseguirão nota mínima
para aprovação, que é 7, e serão reprovados. Mas, enquanto este
aluno se julgar o melhor, naquela classe, nunca passará de ano!
Entende a analogia?
Mas eu entendo, do ponto de vista do ex sindicalista Lula, que ele se
julgue a alma mais honesta do Brasil. Na verdade, o meio ambiente
onde ele vive, pode até ser que com nota 4, se julgue melhor do que
o grupo, com média 2! A verdade é que ele não tem mérito, nesta
área, sequer para ser aprovável (ter uma nota, digamos 7). Que dirá
para ser o melhor (nota 10).
Essa analogia toda das notas é só para nos fazer refletir e
perceber que muitos de nós julgamos assim em muitas coisas. E
tornamos nosso julgamento falho, muito corrompido pelas
circunstâncias e meio onde vivemos.
Eu poderia ainda dar o exemplo de um adulto formado no ensino médio,
que vive numa cidadezinha onde a grande maioria não tem sequer
ensino fundamental completo, onde muitos sequer saibam ler e
escrever. Esse adulto, que tem o ensino médio e se julga o “guru”
e o sábio daquela cidadezinha, cuja inteligência tem, digamos, uma
nota 5 num local onde a média é 3, poderá se achar o homem mais
inteligente do mundo, até mudar-se para um local onde a maioria da
população tem formação superior e muitos têm doutorado. Bem,
neste novo local, aquele sábio da vila, passa a ser considerado e
visto como um ignorante. É que, no novo local, que tem uma nota 8 no
quesito conhecimento, vai considerar pouco aquela nota 5 do homem que
veio da vila com nota 3.
Tudo é uma questão de referência. De saber “comparado ao quê”
eu me avalio.
Por isso, acredito que todos deveríamos ter como base o máximo. Uma
referência absoluta, não relativa. E então, buscar alcançar esse
máximo (10), sabendo que já será suficiente se, nesta busca,
formos aprovados (com nota 7), e pudermos então buscar melhorar
para, aí sim, contribuirmos com a melhoria do mundo ao nosso redor.
O problema é que a sociedade tem diminuído muito sua referência
para estas questões. Tem diminuído muito seu padrão de qualidade e
de exemplo a ser seguido. E aí, qualquer “zé ruela” passa a ser
modelo a ser seguido, porque a média vai ficando cada vez mais
baixa. Lula chegou a se comparar a Jesus Cristo. Agora, já pensou,
trocar o exemplo máximo da história mundial, o filho de Deus, pelo
cachaceiro Lula como exemplo a ser seguido? Pior é que muitos já
fazem isso.
Mas a verdadeira referência, o modelo a ser seguido, está bem acima
de tudo isso. O exemplo de Jesus, da Bíblia e, a partir destes,
também dos grandes homens da história, que têm sido cada vez menos
conhecidos pela sociedade.
É que muitos preferem escolher um exemplo a ser seguido mais
simples, para não se sentir tão abaixo e não ter tanto trabalho
assim para melhorar. Acredito ter sido numa tirinha do Garfield (o
gato comedor de lasanha) que li certa vez: “Quer se sentir um
vencedor? Cerque-se de perdedores.”. É uma maneira de sentir-se
melhor, embora não o torna um verdadeiro vencedor.
Precisamos manter a referência lá acima, mesmo que não consigamos
alcançar. Mas, pelo menos tentar, para manter a média mais alta.
Senão, daqui a pouco, em nossas escolas, nota 4 será suficiente
para passar de ano, daí imagina o bando de analfabetos formados que
teremos espalhados por aí.