domingo, 5 de outubro de 2014

Coeficiente Eleitoral

Coeficiente Eleitoral. 


Você conhece o funcionamento do coeficiente eleitoral? Sabe como isso influencia a eleição dos cargos de Deputado Federal, Estadual e também para Vereadores?
É uma maneira de fazer a eleição privilegiar os partidos e não os candidatos, individualmente. É a maneira como a lei eleitoral define, no Brasil, que serão eleitos os Deputados e Vereadores. 
O funcionamento do coeficiente eleitoral é o motivo pelo qual alguns candidatos com poucos votos conseguem se eleger, enquanto outros, com até mais votos, ficam de fora. Também é a explicação do porque alguns candidatos que conseguem muitos votos levam junto outros com poucos votos. 
O funcionamento não é tão complicado. Vale a pena entender. É assim. 

Quando a eleição termina e começa a apuração, somam-se os votos. Mas, antes de pensar em quanto cada candidato teve, individualmente, os votos são somados por partido e coligação. Lembrando que uma coligação é, para efeitos práticos durante uma eleição, como se fosse um único partido. Então todos os votos, de todos os candidatos de um mesmo partido ou coligação são somados. 
Assim, por exemplo, os candidatos A, B e C, do partido P1, têm 30, 20 e 10 votos, respectivamente. Somados, eles têm 60 votos, que é o total de votos do P1. 
O outro partido, P2, tem os candidatos X, Y e Z, com 110, 7 e 5 votos, respectivamente. Somam, portanto, 122 votos para o partido P2. 
Para usar um exemplo simples, vamos supor que existam 3 vagas a serem preenchidas por esses candidatos. Não quero parar e fazer as contas exatas aqui. Apenas dar a ideia do que acontece. Tem um site que explica de forma bem clara como o cálculo é feito, mais detalhadamente. 
(http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2014/10/01/como-funciona-a-eleicao-de-deputados-federais-e-estaduais)

Mas, voltando ao exemplo simples, temos P1 com 60 votos no total, P2 com 125 e 3 vagas para preencher. Então, o P2 teria 2 vagas e o P1 teria 1 vaga. Independente dos votos que os candidatos tiveram individualmente, o que vai contar primeiro é a soma dos votos do partido. 
Depois de calculado que o P2 tem 2 votos, então pegam-se os 2 candidatos dentro desse partido (ou coligação) mais votados, que seriam o X e o Y, com 110 e 7 votos, os quais seriam eleitos. 
No outro partido, o P1, apenas 1 vaga daria para o candidato A, com 30 votos, o direito a se eleger. 
O que ocorre de interessante aqui é que os candidatos B e C do P1 tiveram 20 e 10 votos respectivamente e não foram eleitos. É mais do que o candidato Y, com 7 votos, mas que foi eleito, porque o partido, na soma, teve direito a mais vagas, porque um dos candidatos teve uma grande votação. 
Esse tipo de cálculo é bom por um lado, por fortalecer os partidos, os grupos. Mas temos de prestar atenção na hora de votar. Pode acontecer de, ao votar num candidato conhecido seu, você ajudar a eleger um outro que não tem muitos escrúpulos. Seria importante conhecer aqueles que andam juntos, nos partidos. 
Você conhece?


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