Votei sim, nas eleições para governador (para prefeito, não cabia
a mim) e não me envergonho, nem me arrependo! Mas a gestão dele é
uma porcaria. Isso mesmo. Muito além de porcaria. Pra porcaria, ele
teria que melhorar muito. Mas sou eu, eleitor, que tenho que me
envergonhar? Ele é que deveria ter vergonha de ser o incompetente,
mentiroso e incapaz que é.
Mas minha lógica democrática como eleitor é muito simples. O Dória
foi prefeito por 2 anos, um cargo local, com pouco tempo no caso
dele. As opções que tínhamos para governador também não eram das
melhores, pelo menos não conhecíamos aos outros, tanto quanto não
conhecíamos ao Doria, também. E eu acho sim que precisamos, vez por
outra, dar a chance de alguém que nunca ocupou um cargo político e
que não tenha atos que sujem seu passado, para que possa mostrar seu
trabalho na condução de um cargo eletivo, seja no executivo ou no
legislativo.
Votar no Dória foi a opção da tentativa da mudança. Ele se
apresentou como gestor e, a meu ver, precisamos mais de gestores na
política, especialmente no executivo, em todos os níveis.
Pareceu-me uma boa opção.
Mas ninguém avisou que ele era canalha. Que ele tinha um “quê”
de ditador. Que ele não tinha escrúpulos, a ponto de se aliar ou
apoiar alguém apenas para ganhar eleição e depois sair por aí
falando mal desse mesmo alguém. Nada disso foi avisado ao eleitor.
Mas agora já sabemos.
E, se eu votar nele de novo, agora sou EU que não presto, que não
tenho vergonha na cara.
Então, eu votei nele. Não considero que errei. Quem errou foi ele,
que mentiu e enganou para poder ser eleito. Mas a beleza da
democracia é essa. O engano tem prazo de validade: 4 anos. Ele nos
enganou e, ao completar seu mandato de 4 anos (se é que vai
completar), nunca mais eu terei de votar nele. Ninguém vai me
obrigar a isso. Aí está a democracia. Se alguém o fizer, se alguém
votar nele, é opção própria de ser idiota (ou parente, que damos
um desconto neste caso, né).
Mas é importante que o brasileiro acostume com esta questão da
democracia. O problema não é errar a primeira vez. Isso pode até
acontecer. Senão, ninguém poderia receber a primeira chance de
mostrar serviço. O problema é insistir no erro. Antigamente,
políticos, mesmo sendo canalhas ou incompetentes, ficavam vários
mandatos seguidos (no caso do legislativo, é possível diversas
reeleições). Então, dar a chance para alguém que nunca
administrou publicamente, mostrar sua capacidade, é algo de bom. Vai
que ele tivesse sido um excelente gestor. Mas precisamos entender que
gente assim, mesmo que não sofra impeachment, deve ser colocada para
fora, definitivamente e para sempre, através do voto nas próximas
eleições.
Então, eu votei nele. Uma vez só. Nunca mais votarei no Dória.
leia também o artigo "A morte do PSDB"
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