Quando formos escolher, não apenas o presidente, mas os deputados
federais, os estaduais de uma forma especial, os senadores e
governadores, é necessário entendermos que o que deve nortear nossa
escolha não deve ser, jamais, o possível benefício pessoal que
esse governante possa trazer para mim ou para o grupo ao qual eu
pertenço, se isso significar prejuízo de outros.
A famosa venda de votos, quando alguém troca uma “dentadura” ou
cesta básica (ou bolsa família) por votos, é uma maneira de votar
pensando no benefício próprio. O mais cruel disso tudo é que, no
caso de necessidades básicas (comida, água em terras áridas etc.),
muitos governantes fazem de tudo para manter as pessoas com as mesmas
necessidades, impedindo-as de avançar em direção a um progresso
pessoal, para que, estando elas numa situação de fragilidade
social, possam sempre ser controladas pelas mesmas promessas ou mesmo
que se cumpram com tal promessa, mas mantendo-as nesta mesma situação
de fragilidade, anos a fio, a fim de poder continuar usando as mesmas
pessoas como eleitores escravos, que mantém uma necessidade
(enquanto poderiam vencer esta dificuldade) para continuar pedindo
votos.
Mas a pessoa que dá o seu voto em troca de um benefício particular
ou para seu pequeno grupo (com o devido desconto a essas pessoas em
situação de extrema fragilidade), sem pensar no “bem maior”, ou
no benefício do país como um todo, está colaborando para a piora
do país. Embora eu defenda a ideia de que devemos votar naquele
cadidato que está de acordo com o que pensamos, essas mesmas ideias
não podem ser benéficas apenas para poucos, se muitos forem
prejudicados para que elas se tornem realidade. Então, neste caso,
talvez primeiro eu tenha que mudar minha forma de pensar para depois
me alinhar a algum candidato que pense mais no país, como um todo.
Seu eu votar em alguém apenas porque medeu alguma coisa, então além
de cometer crime eleitoral de venda de votos, então sou também
parte do problema e não da solução. Mas se eu votar em alguém que
defende algo bom para o Brasil, mesmo que isso exija de mim alguns
sacrifícios, ou me traga algum prejuízo pessoal, ainda que traga
benefícios para todos, então aí sim estarei escolhendo para um bem
maior que, com certeza, a longo prazo, voltará para mim em
benefício, porque todos serão beneficiados.
Vamos votar não apenas pensando em nós mesmos, mas nos nossos
filhos e netos.
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